X

Vereadores de Rio Branco debatem ‘descaso’ na saúde do Acre e denunciam mortes de crianças por falta de UTI

A morte de 10 crianças pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), devido falta de leitos de Terapia Intensiva infantil no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), pautou os debates da Câmara de Vereadores de Rio Branco nesta terça-feira, 14.

A vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Lene Petecão (PSD), creditou o acontecido ao governador Gladson Cameli. “Sou solidária a dor das mães, que perderam seus filhos. A Joelma teve coragem de chamar ele [Gladson] de irresponsável, porque ele é culpado por essas mortes. O nome do descaso da saúde é governador Gladson Cameli”, afirmou a vereadora.

O tem foi pautado por muitos vereadores (Foto: Reprodução Youtube)

Para o vereador Adaildo Cruz (PSB) a falta de estrutura na saúde do Acre é inadmissível. “Enquanto não houver investimento, de fato, na contratação de profissionais e construção de leitos, nós vamos continuar morrendo a mingua porque é simples, não tem onde por e não tem como atender as pessoas”, disse Adaildo, observando que “não é aceitável que o Estado do Acre tenha R$ 9 bilhões no seu orçamento, e não investa sequer R$ 1 bilhão na Saúde”.

A médica e vereadora Michelle Melo (PDT) também abordou o assunto. “As falhas na Saúde levaram a morte de crianças. Uma revolta que para nós como mãe, arrepia. Eu liguei para a secretária municipal de Saúde, a secretária Sheila, e pedi que eles pensem em fazer mutirão de vacinação, drive thru de vacinação infantil, pois ter a atualização das carteiras de vacinação ajuda muito na prevenção. Pedi a ela que veja como podemos ter mais pediatras na Rede Municipal para desafogar a Rede Estadual, que é de alta complexidade”, observou.

Na manhã desta terça-feira, as mães das nove vítimas (SRAG) estiveram na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), onde denunciaram o que chamam de “crime”. Na próxima semana, o coletivo vai estar na Câmara de Veadores.

Maria Meirelles: