O repórter fotográfico Diego Gurgel lançará nesta sexta-feira, 8, a partir das 8h, no hall de entrada da Secretaria de Planejamento do Estado do Acre, em Rio Branco, a mostra Aurora Nubilosa, que revela capturas aéreas nos primeiros momentos de raios solares sobre a floresta amazônica. As imagens foram feitas durante anos de sobrevoos para fotografar Geoglifos da Amazônia juntamente com o Paleontólogo e pesquisador Alceu Ranzi desde o ano de 2009.
A peculiaridade das imagens é justamente mostrar a beleza da mata envolta em neblina e atingida pelos raios da aurora dourada formando atmosferas vistas por poucos, pois, este fenômeno fica evidente apenas a uma determinada altitude, relativamente baixa, e somente na primeira hora do amanhecer.
Aurora (amanhecer) Nubilosa (com neblina), é um fenômeno que, na visão do artista, deveria ser instituído exatamente com este nome como ocorreu com as auroras boreais, uma vez que os fatores climáticos sazonais e particulares da região amazônica causam uma atmosfera mística e que traz paz e reflexão sobre a grandiosidade do universo sobretudo da riqueza de nossas matas. É um ”patrimônio natural”.
““A liberdade de poder capturar esses momentos é fantástica. É seu ofício, com o que você ganha a vida. Esse fenômeno da natureza retratado na exposição não é comum se ver pois quando voamos em voos comerciais o fenômeno ja passou, e estamos altos demais pra ver. Da forma como enxerguei a aurora na Amazônia, me faz sentir paz, reflexão, longe de tudo o que a cidade tem. A gente se sente pequeno diante do poder da natureza, do nosso criador. Eu espero que Aurora Nubilosa seja um termo utilizado frequentemente, não apenas de maneira poética, mas que dê nome a esse fenômeno que, pra ocorrer, precisa dos ingredientes perfeitos, temperatura, horário do dia, céu limpo, e pouco vento. Uns tem aurora boreal, nós temos aurora nubilosa””, destaca Gurgel.
A exposição ficará aberta ao público no auditório da Seplag, durante todo o mês de julho, no entanto, também estará disponível para visitação posteriormente em outras instituições de maneira itinerante como o Tribunal de Justiça e Ministério Público do Estado do Acre.
A mostra é uma ação independente com o apoio cultural da Fundação Elias Mansour (FEM), AAPA (Associação dos Artistas Plásticos do Acre) e governo do Estado, por meio da Seplag.