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Mães não têm acesso a resultado da sindicância da Sesacre, mas acreditam que houve culpados: ‘A luta continua’

Após a reunião com o secretário de Casa Civil do governo do Acre, Jonathan Donadoni, nesta quinta-feira, 21, as mães dos bebês que morreram por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) informaram à imprensa que não tiveram acesso ao resultado da sindicância, realizada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), para apurar possíveis responsáveis pelos óbitos das crianças.

Joelma Dantas, mãe do pequeno Théo, de apenas 10 meses, que faleceu por agravamento da síndrome, acredita que os óbitos tenham um cunho criminoso.

“Infelizmente, não nos foi entregue uma cópia da sindicância. Segundo o secretário Donadoni, a sindicância foi enviada para o Ministério Público para que ofereça a denúncia criminal e para os conselhos de classe, Conselho Regional de Medicina, Coren, que é Conselho Regional de Enfermagem, e para o setor de PAD, que é de processo administrativo disciplinar de funcionários públicos da Sesacre. Então, a gente entende aí que houve, sim, culpados e que eles têm esses nomes, mas não nos passaram agora por ser sigiloso”, declarou.

Emocionada, Joelma disse que as mães vão lutar até fim por justiça. “Por enquanto, está havendo encaminhamentos e, para a gente, isso ainda não é suficiente. O suficiente para a gente é ver que cada pessoa que contribuiu para a morte de nossos filhos sejam punidas, na forma da lei, com o rigor da lei. Uma pessoa que perde um filho, sobretudo, perder em uma situação em que você sabe que se tivesse aquele produto, aquele medicamento, cuidado, ele estaria vivo, é como se a gente estivesse morto e só o nosso corpo estivesse andando atrás de justiça. A luta continua até o fim”, afirmou.

De acordo com o secretário da Casa Civil, tudo vai correr com celeridade e transparência. “O processo disciplinar vai correr com a mesma celeridade que adotamos na sindicância para apurar a responsabilidade desses servidores que foram apontados no relatório final. Quanto ao MP e órgãos de classe, eles têm o seu prazo a ser observado”, afirmou Jonathan Donadoni.

Após sindicância, mães de bebês fala à imprensa

 

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