O nível do Rio Acre já é crítico na capital acreana. Na medição realizada às 6h desta segunda-feira, 4, o manancial marcou 2,18 metros. O registro, de acordo com a Defesa Civil do município, já é considerável preocupante. Com previsão de um período de estiagem mais intenso nos próximos três meses, pode haver um sério risco de desabastecimento de água e prejuízos para produtores rurais.
“Já estamos na cota de alerta mínima. Diminuímos de 2,69 metros. Fizemos um levantamento e constatamos que, normalmente, essa cota acontece no mês de junho, mas, mesmo assim, é preocupante. Ano passado, a menor conta do rio foi de 1,40 metros, isso em setembro. Não descartamos que exista a possibilidade de alcançamos essa marca em 2022, até menos. Lembrando que nossa conta histórica, é de 1,30 metros, de 2016”, ressaltou o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco.
Ele ressaltou que já foi colocado em prática o plano de contingência em relação aos recursos hídricos. Uma das medidas é garantir o abastecimento de comunidades rurais distantes, que sofrem com a escassez de água.
“Nos próximos cinco meses, três mil famílias serão beneficiadas. Em 2020 eram 10 comunidades, em 2021, ampliamos para 17, e em 2022, serão 19 comunidades rurais atendidas. Evidentemente que essas comunidades são as que mais sofrem, e que têm mais necessidade de abastecimento”.
A Defesa Civil da capital também já ligou o alerta em relação aos incêndios e queimadas. “No mês de maio, tivemos um acréscimo em torno de 30%. Em junho, praticamente, está igualitário. Lembrando que a zona urbana de Rio Branco é campeã no número de queimadas. A população tem papel fundamental para ajudar a reduzir e evitar colocar fogo em áreas de mata e terrenos baldios”, destacou Falcão.