Policiais civis do Acre e de Pernambuco cumpriram na manhã desta quarta-feira, 27, mandados de busca e apreensão na capital pernambucana contra membros de uma quadrilha especializada em aplicar golpes, por meio de ligações, para obrigar vítimas a fazerem transferências bancárias via PIX.
Segundo a Polícia Civil acreana, no endereço de cumprimento do mandado, dezenas de cartões de crédito foram apreendidos e suspeitos foram interrogados.
As investigações começaram em março de 2022, quando um indivíduo, por meio de chamadas telefônicas e de mensagens de aplicativo WhatsApp – a partir de um número de telefone com DDD (81), constrangeu um morador de Plácido de Castro, interior do Acre, mediante grave ameaça, a efetuar transferências de dinheiro via PIX.
Na oportunidade, o autor se identificou como integrante de uma organização criminosa e disse que “queria resolver uma situação, pois indivíduos estariam querendo invadir a sua residência, tocar fogo, matar todo mundo” (textuais).
Em ato contínuo, enviou áudio, narrando que sicários, contratados por R$18 mil estariam próximos da sua casa para executá-lo, caso a vítima não efetuasse o pagamento.
Após completar a sua narrativa, o homem, sob o pretexto de evitar o assassinato da vítima, exigiu deste um depósito determinado valor em certa chave PIX, o que foi feito pela vítima.
Após o crime, a vítima procurou a delegacia e relatou o ocorrido, sendo instaurado inquérito policial diante do crime de extorsão.
O delegado responsável pelo caso, Danilo Almeida, afirmou ser importante muita cautela ao entabular conversas com pessoas desconhecidas, especialmente quando o código de DDD for de outro Estado da Federação.
“Em casos assim, é importante que a vítima salve conversas, mensagens de texto, históricos de ligações, dados bancários das contas de destino das transferências, números de telefone usados pelo criminoso e procure imediatamente a Polícia Civil”, orienta o delegado.