Meu Deus, ela inebria, ela exorbita
Buquês de margaridas, laços de fita
A pobre mãe natureza agora a imita
Vai iluminando a rua, estrela bonita
Por onde passa tudo começa a brilhar.
E esses lábios esculpidos, lindos
Há neles mil horizontes infindos
Prosa e verso sempre bem vindos
Poemas da lira de Orfeu provindos
Doces, suaves, com cheiro de amor.
Importa um outro fascinante fator
Estão em um patamar bem superior
Nem é preciso saber exatamente a cor
Ri com os olhos aquela que é mulher e flor
Essas, as genuinamente encantadoras são.
É flama luz que reluz resplandecente
Muito-muito acima de magnificente
Ofuscante, falante, nada reticente
Síntese apressada a mim não mente
Invade-me, enfim, um êxtase total.
Musa, como ela inspira os versos meus
E essa aura iluminada por mil camafeus
Embriaga apreciar nas fotos os traços seus
É pura luz, obra-prima e desígnio de Deus
Só mesmo um poeta extasiado falaria assim.