Hoje, minha alma andou por aí sozinha
Sei que muitas razões para isso ela tinha
Problemas com que ela logo se abespinha
O pouco reconhecimento e a ingratidão.
Ela liga, sim, mas eu pouco ligo, ou desligo
Prefiro arrodear o meu próprio umbigo
Olhar para o alto e achar que não foi comigo
Reles humanos em frangalhos todos eles são.
Minha é a certeza de ter feito coisas demais
Mas também estou certo do que ela é capaz
De deixar a tralha esquecida na beira do cáis
E dizer que absolutamente eu nada fiz.
O tal dê-ene-á que perca urgente o rebuliço
Porque até o sobrenome vai tomar sumiço
Nas idas e vindas ou no cartório de serviço
A alma arrogante então não mais voltará.