“Já tem candidato?! Se não tiver tenho uma boa opção!”. Nas eleições de 2022, a frase que já é jargão na boca de muitos, em ano eleitoral, será bastante utilizada. Em um dos pleitos mais concorridos da história política acreana, com sete candidatos ao governo, e outros tantos disputando uma única vaga ao Senado da República, além das cadeiras na Aleac e na Câmara Federal, os eleitores indecisos terão muito trabalho no dia de exercer a democracia.
Faltando menos de três meses para a votação, a ‘novela’ da política no Estado não para de produzir novos enredos, com tramas envolvendo “vilões” e “mocinhos”.
O técnico em som Gilberto Carvalho Aiache comentou que as pessoas ficam “sem visão”, sem saber em quem realmente votar com toda essa ‘dança das cadeiras’. “Não sabemos em quem votar, em quem confiar, com toda essa confusão na formação das alianças, de quem irá concorrer. São os mesmos candidatos, em sua grande maioria, alguns que foram eleitos e não deu muito certo, não fizeram o que realmente prometeram. De novidade tem pouca coisa. Isso, para o eleitor que está indeciso em quem confiar, em dar seu voto, fica mais complicado ainda”.
Luciana Holanda, funcionária pública, enfatizou que o ano eleitoral será bem atípico por tudo que está ocorrendo nos bastidores.
“Analisando de fora, como eleitora, a gente vê que a disputa será bem acirrada. Podemos observar muita disputa, muito ego nessa campanha. Porém, espero que, diante de todo esse cenário, a intenção seja de beneficiar realmente a nossa população, o povo que sofre essa celeuma política, e que, no final, é o mais prejudicado. Eles são eleitos, assumem, e, na maioria das vezes, o interesse público não está acima dos interesses particulares”.
Opinião compartilhar pelo psicólogo Cleber de Souza Bezerra. “Na minha opinião, percebo que o conflito de egos se sobrepõe ao processo democrático. O que se viu nos últimos dias em nosso Estado foi uma ‘guerra’ ditatorial, entre aqueles que foram escolhidos pelo voto democrático para nos representar. Diante disso, vejo que a briga é do poder pelo poder e não pelos interesses da sociedade”.
Cleciana da Silva Santos, auxiliar de serviços gerais, disse que ainda é cedo para saber em quem votar, mas a confusão para forma alianças confunde ainda mais a cabeça dos eleitores. “Por enquanto, ainda não sei em quem depositar a minha confiança no dia da votação. Espero que eles apresentem boas propostas em prol da comunidade, e que realmente possa valer a pena. Isso tudo que está ocorrendo é uma bagunça. O que podemos observar é que eles estão olhando mais para o próprio umbigo, e esquecendo do povo, do que à população acreana precisa para viver melhor”, concluiu.