A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira, 23, um homem suspeito de ser o responsável por grandes desmatamentos e queimadas no interior do Projeto de Assentamento Agroextrativista Antimary (PAE Antimary), situado na BR-364, entre Bujari e Sena Madureira — interior do Acre.
O homem é acusado de liderar uma organização criminosa que desmatou uma área de 600 hectares, além de criar gado e ameaçar moradores, segundo investigação do Ministério Público do Acre (MP-AC).
A ação é uma continuação da Operação Mundo Novo, que teve sua primeira fase em outubro de 2021, identificou e desmantelou organização criminosa responsável por grandes desmatamentos e queimadas no interior do Projeto de Assentamento Extrativista Antimary.
Segundo laudo pericial da PF, o grupo desmatou cerca de 1,9 mil hectares (cerca de 19 milhões de metros quadrados). A corporação estima que cada hectare custe R$ 1,5 mil para ser desmatado, o que significa que a operação custou R$ 3 milhões à organização criminosa.
O líder da organização criminosa foi preso e conduzido até a Superintendência de Polícia Federal no Acre. Ele responderá por crimes ambientais, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A pena pode chegar a 28 anos de prisão, mais multa.