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‘Enquanto os caras estão brigando, nós estamos na estrada’, alfineta Petecão durante entrevista na Gazeta 93FM

(Foto: Brenna Amâncio)

A Rádio Gazeta 93FM deu início, nesta quinta-feira, 4, a uma rodada de entrevistas com os pré-candidatos a cargos majoritários nas Eleições 2022. O primeiro convidado foi o senador licenciado e pré-candidato ao governo do Acre, Sérgio Petecão, oportunidade em que falou sobre seu plano de governo, registrado no último dia 2 de agosto, e de suas propostas, se eleito para chefe do Executivo Estadual.

Aos jornalistas Brenna Amâncio e Tiago Martinello, Petecão destacou os desafios de se construir as propostas que nortearão sua campanha, ouvindo até mesmo as comunidades mais isoladas do Acre. Ele também falou sobre a escolha de Tota Filho para compor sua chapa na disputa pelo governo, escolha a qual ele classificou como “de Deus”.

“Nós estamos todos os dias [trabalhando]. Enquanto os caras estão brigando, nós estamos na estrada e, se Deus quiser, vai dar tudo certo”, ponderou Petecão durante a entrevista. Leia abaixo os principais pontos, ou, ouça abaixo na íntegra.

Tiago Martinello – Como foi construído o plano de governo e como a população pode ter acesso a ele?

Sérgio Petecão – Discutimos sobre ele há mais de um ano, o professor Sabino foi o grande mentor intelectual disso, montamos uma equipe… O que mais me deixou feliz com tudo isso foi essa ideia que a nossa equipe achou, que era discutir os planos nos municípios, ouvindo as pessoas, vereadores, prefeitos, lideranças, isso foi muito legal. Pra mim, foi um aprendizado muito grande, aí você vai ver que o nosso povo do Acre, o nosso povo humilde, não quer muito, quer apenas as coisas mais simples, que chegue na população o básico, o essencial. Isso foi muito legal, principalmente em municípios mais isolados. Nós estivemos lá no Rio Purus, nos reunimos com 34 aldeias, estivemos também lá nós Ashaninkas, no rio Amônia, foi algo extraordinário. Pra mim, isso é motivo de grande alegria, eu que já participei de muitas eleições, a candidatura de governador é diferente, senti isso na pele. Alguns prefeitos não têm coragem de aparecer, por medo do governador, medo de perseguições. Está sendo muito legal essa oportunidade que o povo do Acre está me dando, mais uma vez. Todas as vezes que precisei, o povo do Acre me estendeu a mão, então eu sou alguém que não pode reclamar do povo do acre. Este é mais um desafio, mas, dessa vez, tem sido uma coisa diferente, confesso que comecei com receio ‘será se isso vai dar certo?’ Mas, hoje, já estou muito empolgado, muito animado. Isso motiva todo mundo, não sei se vocês souberam da nossa convenção, eu tomei um susto quando lotou o ginásio do SESI, está sendo muito legal.

Brenna Amâncio – Nessa andanças, Petecão, que você acabou de falar aqui, pelo interior, quais foram as maiores necessidades do povo?

SP – Nós temos uma equipe, nós recebemos mais de 1000 informações e pedidos. Nossa equipe sentou e montamos essa proposta de governo. Nós sentimos que na Saúde existe maior necessidade, de Thaumaturgo a Assis Brasil. Sabemos que não é fácil, não posso pegar uma caneta e sair prometendo tudo, mas são coisas básicas, por exemplo, em Xapuri, existe a necessidade de uma construção de um hospital; em Tarauacá, Jordão e Feijó, eles querem um hospital regional, onde possa ficar atendendo os três municípios. Questões de Segurança também são um problema seríssimo. Eu sei a exata dimensão do pepino que a gente está pegando, mas dá pra resolver. Aqui, no nosso plano, a gente mostra a nossa proposta, mas, no final, você vai ver que a gente assume um compromisso, essa coisa de fretar helicóptero tem que acabar. O foco é acabar com os desperdícios. O meu maior desafio foi assumir a primeira secretaria do Senado, foram dois anos, o orçamento do Senado é de 7 bilhões de reais. Como passei dois anos lá, foram 14 bilhões de reais administrados, e isso não é mérito, foi minha obrigação, por isso me sinto preparado para esse novo desafio.

TM – Petecão, você mencionou sobre essa bagagem, essa experiência, são muito mandatos, como deputado estadual, presidente da Aleac, deputado federal, mais de uma década como senador. Queria que o senhor avaliasse o quanto toda essa bagagem e experiência política pode contribuir nesse novo desafio, que é uma eventual candidatura ao Governo de Estado.

SP – O que eu sempre tenho dito é que eu fiz a faculdade da vida, eu perdi meu pai muito cedo, com apenas 14 anos de idade, e, desde então, nunca tive facilidade na vida, já enfrentei diversos desafios. Durante as quatro vezes que fui presidente da assembleia, nosso orçamento era de 2 milhões, hoje em dia o orçamento da assembleia é de 20 milhões, e, graças a Deus, fizemos uma boa gestão com aquilo que tínhamos. Agora, o grande desafio foi quando tive que administrar a primeira secretária do Senado, ali você está lidando com servidores de alto nível, com 84 senadores. Foram dois anos e 7 bilhões de orçamento para administrar e, graças a Deus, deu muito certo. Eu quando aceitei esse desafio da pré-candidatura ao governo, fui muito questionado. Se o povo do Acre me der essa oportunidade, eu vou fazer tudo que eu puder. Tem algumas coisas que são feitas aqui no estado que não são necessárias, você precisa ter foco, eu já coloquei como prioridade a Saúde e Segurança, depois de conversar com pessoas mais humildes, tive certeza que o grande problema do nosso Estado se chama Saúde e Segurança.

BA – O senhor acredita que os partidos que compõem a sua coligação têm tudo que é preciso pra conquistar o apoio do eleitor?

Petecão – Nós montamos uma estratégia, em uma programação, e deu tudo certo como programamos. Montamos nossa chapa de estadual, montamos nossa chapa de federal, planejamos nossa convenção, montamos nosso plano de governo, estivermos na OAB. Eu penso que quando você faz as coisas com transparência, sem mentiras, sem enganar ninguém, dá certo. Temos o partido Avante, que indicou a primeira suplência da Dra. Vanda, e temos o PTB, que indicou a segunda suplência; o PROS, da Dra. Vanda, nossa senadora, e o PSD, que é o nosso partido, eu não vejo problema. Eu vejo esse pessoal discutindo por aí, uma hora tem uma vice, outra hora é outro, depois outro senador, as coisas mudam. Aquilo que ele diz de manhã não é o mesmo à tarde, eu jamais iria querer isso pra mim. As pessoas que me conhecem sabem como eu lido com essas situações. Na nossa “casa”, PSD, tá tudo tranquilo.

TM – Falando sobre alianças, como o senhor chegou até a escolha do nome do vice na sua pré-candidatura ao governo?

Petecão – Eu sempre digo que foi de Deus. Quando eu convidei o Tota Filho, a primeira vez, ele disse que precisava pensar. Eu queria muito que fosse ele, tinha que ser uma pessoa preparada, e ele é alguém que, além de ser de Cruzeiro do Sul, é altamente preparado,.Tota Filho tem uma história, é impressionante o carinho que ele tem em Cruzeiro do Sul e aqui em Rio Branco, eu não tenho dúvidas que o Tota Filho vai nos ajudar muito.

Ouça a entrevista na íntegra:
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*Colaboração: Ludmyla Maia

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