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Gladson afirma que foi ‘tocado por Deus’ na escolha da vice Mailza Gomes e defende candidatura de Ney Amorim: ‘me representa’

O candidato à reeleição ao Governo do Acre, da coligação Avançar Para Fazer Mais, governador Gladson Cameli (PP), foi o entrevistado desta sexta-feira, 19, da Rádio Gazeta FM93. Durante a entrevista com o jornalista Tiago Martinello, Cameli partilhou suas motivações para disputar novamente o governo do Acre e como se deu a escolha de sua vice, Mailza Gomes.

“Eu quero aproveitar o meu tempo pra poder debater, pra poder dar uma satisfação à sociedade e dizer o porquê de um segundo mandato…Ainda temos muito o que fazer”, destacou o governador.

Quanto à escolha da senadora Mailza Gomes para ser sua vice, assunto que rendeu grandes polêmicas, nos últimos meses, nos bastidores da política local, Gladson afirma ter sido ‘tocado por Deus’.

“Fiz uma oração e, por acaso, a senadora Mailza estava comigo, e eu disse, ‘vou fazer o convite a ela’. Meu coração foi tocado. Ela é mulher, me representou muito bem, eu, como acreano, como governador, quatro anos de mandato como senadora, pois foi minha primeira suplente. Cheguei pra ela e falei: ‘senadora, a senhora não quer compor chapa comigo?’. Isso um dia antes da convenção. Sabe quando você recebe aquela mensagem, você sente? Porque ela não queria, ela queria disputar a reeleição, mas ela aceitou. A partir daí, nesse dia, nessa hora, nessa noite, nós montamos a chapa”, confidenciou Cameli.

Durante a entrevista, o candidato também falou sbre sua relação com o deputado e candidato ao Senado, Ney Amorim. “O Ney me representa, ele tem uma estrada longa pela frente. Todo governador precisa do apoio em Brasília, precisa de um Senador da República, precisa da maioria dos deputados federais e deputados estaduais. Eu não tenho dúvida de que aquele rapazinho lá da Baixada, que foi presidente da Assembleia, caso a população dê a oportunidade para ele, irá fazer um grande mandato em defesa do Acre no Senado Federal”.

A “Coligação Avançar para Fazer Mais” é composta pelos partidos: Progressistas, PSDB, Podemos, PDT, Solidariedade, Cidadania, Democracia Cristã, Brasil 35, Patriotas e PMN. Abaixo você pode ler o bate-papo na íntegra e ouvir o áudio.

Tiago Martinello – Gladson, queria que você analisasse como vai ser esse período de campanha. O que o senhor espera nessas próximas semanas?

Gladson Cameli – Primeiramente, com a benção de Deus, não sei se vocês observaram, mas eu sempre falo muito em nome de Deus…Depois dessa pandemia, fiquei ainda mais cristão, me agarrei mais a Ele. Porque só Deus e eu sabemos os momentos que nós passamos, vida é tudo. Nessa campanha, eu quero poder fazer uma prestação de contas para vocês, para a imprensa, para o cidadão, de tudo aquilo que nós fizemos e tentar mostrar o que ainda podemos fazer, porque o primeiro mandato ainda não acabou. É um processo de 40 e poucos dias até chegar o primeiro turno, e que vença a vontade da maioria. A democracia é isso. E eu quero aproveitar o meu tempo pra poder debater, pra poder dar uma satisfação à sociedade e dizer o porquê de um segundo mandato, ainda temos muito o que fazer.

TM – É de conhecimento público que, ao longo de seu mandato, surgiram algumas divergências entre o senhor e seu atual vice, Major Wherles Rocha. Gladson, eu queria que você falasse, então, da escolha da sua vice, nesta nova jornada, Mailza Gomes. Quanto que é importante ter o nome dela te ajudando nessa campanha?

Gladson – Realmente, criou-se uma interrogação e, às vezes, o nome do vice parecia que estava se tornando maior do que a candidatura do próprio governador à reeleição. Eu fui na Expoacre assistir o show da cantora Bruna Karla, e tem uma música que eu gosto muito: ‘advogado fiel’. Eu ouvia muito esse hino na pandemia, aquilo ali me chamou e por acaso eu fui. Naquele momento, eu fiz uma oração, e, por acaso, a senadora Mailza estava comigo, e eu pensei: “vou fazer o convite a ela”. Meu coração foi tocado, ela é mulher, me representou muito bem, eu, como acreano, como governador, quatro anos de mandato como senadora, pois foi minha primeira suplente. Eu cheguei pra ela e falei: “senadora, a senhora não quer compor chapa comigo?”. Isso um dia antes da convenção. Sabe quando você recebe aquela mensagem, você sente? Porque ela não queria, ela queria disputar a reeleição. Mas, ela aceitou, e, a partir daí, nesse dia, nessa hora, nessa noite, nós montamos a chapa. E eu não tenho dúvida que nós juntos vamos fazer um grande mandato. Qual foi o pedido que eu fiz para a pré-candidata a vice naquele momento? Que sempre colocasse as pessoas em primeiro lugar, nenhum partido, nenhuma governador, nenhuma autoridade está acima de Deus ou do povo, a maior autoridade de um chefe do executivo é a vontade popular da maioria.

TM- Quem está concorrendo com o senhor ao senado na sua chapa é o Ney Amorim, que tem grande experiência na política acreana. O quanto contribui ter um aliado como ele na sua chapa?

GC – Quando a Mailza sinalizou a possibilidade de vir compor a chapa comigo pra vice, automaticamente eu perguntei ao Ney, isso era por volta de 22h, e o Ney disse que topava o desafio, isso na véspera da convenção. O Ney é uma pessoa que eu sempre tive admiração. Desde o dia que começou a transição do meu primeiro mandato, em novembro de 2018, eu mandei uma reforma administrativa para a Assembleia, que o Ney, com uma sensibilidade muito boa, pautou essa reforma, e nós já entramos, no primeiro de janeiro, com um trabalho que nós íamos fazer quando sentássemos na cadeira, e nós economizamos cerca de sete meses. O que isso resultou de melhorias? Primeiro, que eu não sabia que ia ter pandemia, eu comecei a antecipar em sete meses o reajuste das contas do estado. Aquilo me deu uma “gordura” para caso eu precisasse de recursos para qualquer obra, qualquer situação emergencial, eu tinha recursos garantidos. Isso me garantiu, tanto que muitas das ações que nós fizemos de combate ao Covid, que o Governo Federal ajudou, e ajudou muito, quero deixar isso bem claro. Com essa reforma que nós fizemos na transição, me deu gordura para que se eu precisasse, com decreto de fechamento, manter a estrutura do Estado, ajudar as pessoas que mais precisassem com várias medidas sociais que tivemos, e assim diminuir a dor das pessoas. E o Ney me representa, ele tem uma estrada longa pela frente, todo governador precisa do apoio em Brasília, precisa de um Senador da República, precisa da maioria dos deputados federais e deputados estaduais. Eu não tenho dúvida que aquele rapazinho lá da Baixada, que foi presidente da Assembleia, caso a população dê a oportunidade para ele, irá fazer um grande mandato em defesa do Acre no Senado Federal.

TM – Gladson, o senhor tocou no assunto do presidente, alguns candidatos se consideram candidatos da esquerda, da direita, candidato do Bolsonaro, candidato do Lula. Eu queria saber como o senhor se situa nesses posicionamentos, qual a relevância disso e como fica o seu apoio em relação ao candidato à Presidência da República?

GC – Meu candidato a presidente da República é o presidente Bolsonaro.  Por que não iria apoiar o presidente? Porque todos os pedidos que eu fiz a ele, enquanto governador, foram atendidos. Eu vou te dar aqui um exemplo: uma renegociação de uma dívida, que tinha do governo passado com o BNDES, nos deu uma economia com a renegociação para fazermos a duplicação da AC-405, lá em Cruzeiro do Sul, que dá acesso até o aeroporto até a rotatória, onde vai pra Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Foram aí economizados em torno de R$100 milhões. Isso uma renegociação na taxa de juros, autorizada pelo presidente, fora outras ações e medidas que ele tem nós ajudado e muito o Estado do Acre. Então, porquê eu não vou apoiar uma pessoa que tem me ajudado, que tem ajudado o Estado do Acre, que tem reconhecido? Eu apoio sim! Nós não temos coligação partidária, mas, é meu candidato, sim, à Presidência, meu partido o apoia, eu estou apoiando de coração aberto, porque ele tem contribuído com o desenvolvimento do Estado e ajudando muito o Acre.

TM – Eu queria que o senhor ressaltasse como que foi o projeto de construção do seu plano de governo para esse projeto de reeleição.

GM – Todos nós sabemos que eu apresentei uma proposta para a sociedade, em 2018, que demos início em 2019, que foi o reequilíbrio das contas do Estado, o corte de gastos desnecessários, para que eu pudesse realmente dar início a um período de grandes obras de infraestrutura, como uma grande maioria que nós já iniciamos. Outras estão em processos finais licitatórios. Mas, nós fomos surpreendidos com a pandemia, então tem alguns pontos e algumas áreas que ainda não tivera, o avanço como desejado, mas que eu vou dar continuidade no segundo mandato, caso a população me reeleja como governador do Estado. Temos na Educação o prato extra, conseguimos fazer nesse governo ainda o fardamento grátis, reestruturamos quase todas as escolas, criamos as escolas militares, que é um acerto, temos o programa de criar as escolas indígenas, as condições para o aluno de estar mais presente, o tablet, que estamos em processo para dar para os alunos, colocar o aluno mais próximo da tecnologia, facilitar a vida do aluno para que ele possa ter acesso à informação daquilo que deseja. Na parte de infraestrutura, por exemplo, o viaduto aqui da Ceará [Avenida] que está nos “finalmente”, o anel viário de Rio Branco, a primeira etapa, a ponte do Segundo Distrito, que dá acesso ao bairro do Quinze, nós queremos fazer ali a quinta ponte, também a orla aqui de Rio Branco…Isso tudo que eu estou falando aqui para vocês já tem recurso garantido e está em processo licitatório. O foco do meu segundo governo, além da saúde, educação, segurança, é a geração de emprego e renda pro povo. Nós temos que fazer ações, para que a gente possa diminuir esse gargalo, assim eu digo, eu preciso gerar emprego. Nós diminuímos a burocracia…No agronegócio, minha expectativa está positiva, o que eu ofereci e apresentei, em 2018, eu cumpri com a minha meta.

TM – Qual a sua avaliação o senhor faz da sua administração, enquanto governador, os avanços obtidos, o que precisa melhorar?

Gladson – O que eu mais preciso fazer? Você sabe que todo o meu plano de governo, em 2018, e olha que eu não estou querendo culpar a pandemia, porque, às vezes, a gente fala assim e as pessoas podem se confundir. Qual foi a minha prioridade? Cuidar das pessoas, da vida. Naquele momento, na pandemia, nós mudamos todo nosso planejamento e focamos em combater o mal que tivemos, que foi a maior pandemia do século. Ainda temos muito o que fazer, nós vencemos um desafio, que era melhorar os ombros da segurança e melhoramos, nós aumentamos quatro vezes a mais o número de UTIs, concluí todos os hospitais inacabados, o Pronto Socorro estava há mais de 12 anos com as obras paradas, e agora está aí, a primeira fase e a segunda completa, INTO completo, Hospital de Brasileia…nós estamos recuperando todas as redes hospitalares do Estado, temos concursos da saúde lançados, fizemos concurso, chamamos quem fez cadastro reserva da área da segurança, em todas as áreas nós fizemos ações. O que a gente quer não é dizer que vamos transformar o Estado numa Suíça, mas, vamos dar uma sequência ao que a gente vinha fazendo, porque ainda tem muito o que fazer, tanto que ainda estou contando que, neste resto de mandato, até dezembro, ainda irei inaugurar obras, ainda vou deixar muita coisa sendo iniciada. E se Deus me permitir, e vocês que estão me ouvindo me derem a oportunidade, com a benção de Deus, de livre e espontânea vontade, me derem seu voto para que continue o segundo mandato, tenha certeza que eu ainda tenho muito o que fazer, eu quero cumprir minha missão, minha missão não é só ganhar eleição, a minha missão é quando acabar meu segundo mandato, eu descer as escadas do Palácio de Rio Branco de cabeça erguida e poder ir lá no mercado tomar um café. Essa pra mim é a minha grande missão, descer para cumprimentar as pessoas, esse é o meu desejo.

Entrevista com Gladson Cameli no Jornal Gazeta 93

 

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