No dia 26 de maio deste ano, o pequeno Gael Henrique Torres Laureano, de apenas 11 meses, foi transferido para Manaus, para fazer acompanhamento médico especializado fora do Estado, por meio do programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), após ficar 50 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Criança (UTI), em Rio Branco, com quadro de bronquiolite e pneumonia bacteriana. O menino também teve três paradas cardíacas e ficou intubado.
Gael e a família voltaram ao Acre no último dia 23 de junho. Com previsão de novo retorno para a capital amazonense, uma vez que a criança teve um nova piora, nesta semana, a avó da criança Silvana Torres, de 37 anos, faz um apelo para que o Estado faça a liberação da ajuda de custo prometida aos usuários do TFD, uma vez que a família não tem condições de se manter, novamente, fora do Estado.
Silvana conta que deu entrada na Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), para conseguir o repasse da ajuda de custo, ainda na época da primeira transferência para Manaus, em maio. Mas que, após três meses, ainda não recebeu nenhum valor para custear as despesas com estadia e alimentação.
“Entrei em contato com a Sesacre e eles disseram que não tem data prevista para fazer o repasse para a ajudar de custo, mas que já está no financeiro para que possa ser liberado. No entanto, não tem uma data prevista. O Gael vai precisar voltar para Manaus e não temos como nos manter lá”, lamentou a avó.
A GAZETA entrou em contato com a assessoria da Sesacre, que explicou como o programa do TFD funciona e informou que a ajuda de custo para o pequeno Gael já está no financeiro para pagamento.
“O paciente que precisa do TFD para tratamento fora do Estado, e que não tiver condições de se manter, além de solicitar o TFD para bancar a viagem, ele também entra com pedido junto ao Serviço Social da Sesacre, para obter a ajuda de custo. No ato da solicitação, é explicado que o pagamento, infelizmente, não é imediato, pois tem que oficializar toda parte burocrática que justifica a saída do dinheiro, para que o Estado não seja punido por desvio. Sendo assim, demora a sair o pagamento, porém ele é feito. No caso da mãe em questão, o valor já passou por toda a parte burocrática, e já está no financeiro para pagamento”, concluiu a assessoria da Sesacre.