A falta de chuva no mês de setembro tem feito com que sejam registrados os piores níveis do Rio Acre nos últimos dez anos. Nesta terça-feira, 27, o rio atingiu novamente 1,30 metro, apontado como a segunda menor cota em Rio Branco, neste ano.
A cota histórica foi batida dia 11 de setembro de 2022, quando o Rio chegou a 1,29 metro. Segundo a Defesa Civil Municipal, essa é a pior cena da história do Rio, em 52 anos de monitoramento, e a situação pode se entender para o próximo mês.
O Rio Acre banha oito municípios que são afetados pelos impactos diretos da seca que são: a dificuldade de navegação, a falta de abastecimento de água e as mortes por afogamento. A falta das chuvas também vem auxiliando na perda de produção vegetal e causa riscos de incêndios por conta das plantações desidratadas.
Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil do município, a expectativa é que nos próximos dias o rio continue com as menores marcas. Caso os níveis abaixo de 1,30 se mantenham, o mês de setembro de 2022 será registrado com as menores médias da história.
“As pessoas que utilizam do rio para se locomover são as mais prejudicadas. Os riscos de afogamento nas embarcações, até nas pequenas, são gigantes”, relatou o coronel.
O órgão municipal tem tentado amenizar alguns impactos da seca através do abastecimento de água em comunidades rurais, e do plano de contingência de queimadas, que monitoram a qualidade do ar.