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Com baixa procura, campanha contra Poliomielite vacinou apenas 13% do público alvo em Rio Branco

Com baixa procura, campanha contra Poliomielite vacinou apenas 13% do público alvo em Rio Branco

Faltando apenas cinco dias para o encerramento da Campanha de Vacinação contra Poliomielite, a capital acreana, Rio Branco, vacinou um total de 3.359 crianças de zero a cinco anos, até o último sábado, 24. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o número de vacinados contra a doença está bem abaixo do esperado.

Em Rio Branco, a meta da campanha, que teve início em agosto, é de vacinar 25.757 crianças. Porém, o percentual de imunização do público alvo é de apenas 13,04%. A cobertura vacinal de rotina contra a paralisia infantil em menores de 1 ano, assim como para outras doenças, é de 53,19%, dados atualizados nesta segunda-feira, 26.

“A campanha ocorrerá até a sexta-feira, 30. No entanto, continuaremos vacinando em toda rede municipal. Além disso, continuamos com a busca ativa nas escolas e creches municipais para alcançar um número maior de crianças. Também estamos com a campanha de multivacinação, que tem como público alvo crianças, e adolescentes de até 15 anos”, ressaltou Sheila Andrade, secretária de Saúde da capital.

A campanha foi prorrogada até o dia 30 deste mês devido à baixa cobertura vacinal.

Alerta

Na última semana, o médico infectologista Eduardo Farias falou com A GAZETA e revelou que essa baixa procura por vacinação é uma onda global, o que prejudica a todos.

De acordo com o médico, a poliomielite ou paralisia infantil é uma doença viral, sem registros de casos no Brasil desde a década de 90. Entretanto, o vírus ainda circula no mundo e por isso é importante manter a vacinação em dia.

 “Quando olhamos especificamente para a poliomielite, temos coberturas vacinais baixas. Neste ano, não chegou a 50%, o que é muito baixo. E se por acaso o vírus é reintroduzido no Brasil, especificamente no Acre, nós corremos o risco das crianças ficarem suscetíveis a uma doença que pode causar uma sequela para o resto da vida, exatamente a paralisia”, observa Farias.

Sintomas da doenças

Os principais sintomas incluem febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, prisão de ventre, espasmos e rigidez na nuca. Nos quadros mais graves, a pólio pode causar paralisia e atingir músculos respiratórios.

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