Em um período de apenas 19 dias, setembro já apresenta o maior número de queimadas registradas no mês, dos últimos 10 anos. É o que apontam dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).
Conforme os dados que atualizam os focos de queimadas diariamente, do dia 1º até 19 de setembro, o estado acreano já registrou 5.043 focos de queimadas. Com isso, superou o registrado desde 2012, levando em consideração que, nos anos anteriores, os dados foram calculados com informações do mês completo.
Veja como ficaram os números desde 2012:
- 2012: 2.796
- 2013: 3.331
- 2014: 2.528
- 2015: 2.949
- 2016: 3.863
- 2017: 3.100
- 2018: 4.379
- 2019: 2.977
- 2020: 3.357
- 2021: 3.982
- 2022: 5.043 (em 19 dias)
Na série histórica, dos últimos 25 anos, com análise desde 1998, mesmo com apenas 19 dias, os números de setembro só ficam atrás de 2005, que teve o maior registro, com 6.092 focos; de 2003 com 5.803; de 2004 (5.458), e 2007 (5.446).
O coordenador da Operação Fogo Controlado do Corpo de Bombeiros, tenente Francisco Carlos Freitas Filho, disse que esse aumento dos números potencializa as dificuldades da corporação, que tem um quadro efetivo baixo para atuar na linha de frente o que acaba ocasionando um desgaste muito grande.
“Anualmente nós sentimos bastante dificuldade nesse período do ano, tendo em vista que essa atividade de incêndios ambientais é bastante desgastante, sacrificante não só do ponto de vista humano, mas também institucional, então requer muita atenção nossa”, disse.
Além disso, ainda reduz o poder de reposta, apesar dos esforços. Sendo que há o envolvimento de outros órgãos.
No final das contas, quem sofre é a população e o meio ambiente, mas de todo modo a gente busca estratégias para empregar o nosso efetivo da melhor maneira possível. O estado está investindo em materiais, e recursos necessário para este enfrentamento”, concluiu.