De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Acre, apenas 10 indígenas irão disputar o pleito de 2022, o que correspondente a apenas 1,86% do quantitativo. Um cenário bem diferente das eleições municipais de 2020, que contou com a com a participação de 65 candidatos dos mais distintos povos.
Do total de candidatos indígenas no estado, dois concorrem ao cargo de deputado federal – Francisco Piyãko (PSD) e cacique Ninawa (PSOL) –, enquanto os outros oito disputam a vaga na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Neste ano, 319 candidatos se declararam pardos, sendo a maioria (59,29%), seguidos dos brancos, 118 (21,93%), pretos, 69 (12%,83%), e dos que não souberam definir a raça, 20 ( 3,7%), e não divulgável, 2 ( 0,37%).
Para as eleições deste ano, realizada em primeiro turno no dia 2 de outubro, foram oficializadas 538 candidaturas, sendo 67% do sexo masculino e 33% do sexo feminino.
O primeiro indígena a ocupar uma cadeira no parlamento brasileiro foi o cacique xavante Mário Juruna, eleito em 1982, pelo PDT do Rio de Janeiro, com 31 mil votos.
Sua vitória representou um grande avanço dos povos indígenas no cenário político, com a criação de uma comissão parlamentar para debater a questão dos índios no Brasil.