O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, foi o segundo entrevistado da rodada de entrevistas — “Propostas para a Amazônia” —, promovida pelo grupos de mídia dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal, nesta terça-feira, 6. A iniciativa pioneira e inovadora foi idealizada e articulada pelo Grupo Liberal, do Pará, e o site A GAZETA foi o escolhido para representar o Acre no projeto.
Ciro foi sabatinado pelos veículos e respondeu a diversas perguntas, uma de cada veículo e outras do apresentador. O candidato teve cinco minutos para responder às questões e mais cinco para suas considerações finais.
Ocupando o terceiro no lugar nas pesquisas de intenção de voto, Ciro Gomes é advogado, professor universitário e vice-presidente do PDT. Já foi deputado estadual por duas legislaturas no Ceará, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Seu último mandato político foi o de deputado federal entre 2007 e 2011.
Dell Pinheiro, jornalista do site A GAZETA, indagou o candidato sobre o tema “Interesse internacional na região; desafios e oportunidades”.
Dell Pinheiro – Candidato Ciro Gomes, o senhor já manifestou que a questão ambiental terá uma atenção prioritária em um governo seu. Como o senhor avalia esse interesse internacional, essa preocupação e poderíamos dizer até exigências de outros países pela preservação da Amazônia. No seu ponto de vista, como conciliar esse interesse e investimentos de outros países para o desenvolvimento necessário dessa região, mantendo, entretanto, a soberania e a segurança do território brasileiro?
Ciro Gomes – Essa é uma pergunta que nós precisamos amadurecer para não ficar nos extremos equivocados. O primeiro extremo é um hipernacionalismo de guela, completamente falso, de que a Amazônia é nossa, a gente faz dela o que quiser, o que acontecer aqui é problema nosso, os estrangeiros não tem nada a ver com isso. Isso está errado. Mas, também, o oposto de dizer que agora uma ONG vai dizer da vida e da morte de uma comunidade como a nossa. Também não podemos aceitar. A virtude está no equilíbrio, faremos, nós, os brasileiros, o nosso plano para a Amazônia, validá-lo com a população no território e, a partir daí, com a qualidade forte desse novo plano, a gente circular no mundo, mostrando que somos capazes de manejar o nosso território.
Confira a resposta completa do candidato no vídeo:
Sobre o projeto
As entrevistas ao vivo com os candidatos à presidência contam com contribuições e participações dos seguintes grupos e veículos de comunicação da região amazônica: Imirante, do Maranhão, A Crítica, do Amazonas, Diário da Amazônia, de Rondônia, Gazeta do Cerrado, de Tocantins, Grupo Gazeta, do Mato Grosso, Roraima em tempo, A Gazeta do Acre e Diário do Amapá, além de O Liberal, do Pará, que liderou a iniciativa. A transmissão ocorre às 12 horas, horário de Brasília, e às 10 horas, no Acre.
Cada entrevista terá uma hora de duração e serão 10 perguntas, sendo uma pergunta feita, via vídeo gravado, por cada um dos 9 veículos participantes da iniciativa, com tempo de resposta de 5 minutos. No encerramento, cada candidato terá ainda mais 5 minutos para considerações finais, totalizando dez oportunidades de fala.
As perguntas serão de diferentes temas, como segurança, saúde, educação, infraestrutura, telecomunicações, política ambiental, geração de emprego, entre outros, mas sempre com temática e foco voltado para as propostas nestas áreas para a Amazônia.
As entrevistas ficaram definidas da seguinte sequência, por sorteio: 5 de setembro (segunda-feira) – Felipe D’ávila (Novo); 6 de setembro (terça-feira) – Ciro Gomes (PDT); 8 de setembro – (quinta-feira) – Luiz Inácio Lula da Silva (PT); 9 de setembro (sexta-feira) – Soraya Thronicke (União); 12 de setembro (segunda-feira) – Jair Bolsonaro (PL); 13 de setembro (terça-feira) – Pablo Marçal (Pros) e 14 de setembro (quarta-feira) – Simone Tebet (MDB).
Confira aqui a entrevista completa: