A vida de Nazaré Araújo, que concorre a uma vaga no Senado Federal, é marcada por lutas, trabalhos sociais e uma carreira no Direito de sucesso inquestionável. O que muitos não sabem é que ela, o irmão Ricardo e a mãe Maria Lúcia são sobreviventes da Ditadura Militar, perseguição política que resultou na morte do pai José Augusto, o primeiro governador eleito democraticamente no Acre.
Uma história jamais esquecida por pessoas que viram de perto o terror de tempos difíceis em um passado não muito distante. A socióloga, bacharel em Direito e assistente social Regina Lino, de 70 anos de idade, é uma dessas pessoas. Vinda também de uma família política tradicional, exerceu alguns mandatos eletivos. Foi vereadora, a primeira vice-prefeita mulher de Rio Branco pelo PT e PSDB na gestão do Jorge Viana, deputada federal por dois anos e secretária adjunta de Assistência Social no governo Tião Viana. Regina é filha do ex-governador Rui Lino e recorda da juventude similar que dividiu com Nazaré Araújo.
“Ainda criança, Nazaré passou a vivenciar toda essa situação. E quem é forjada numa experiência dessas, sem dúvida se torna uma pessoa com uma capacidade de análise política e de discernimento únicas. Nazaré e seus pais passaram e enfrentaram tudo isso. Aliado a essa experiência política, ela tem ainda a capacidade técnica. Nazaré é uma pessoa preparada, humana e que sabe o que faz e o que está propondo”, declara.
Regina acredita que o Brasil, hoje, vive uma crise profunda, em todos os sentidos, como na política, na economia e na sua própria história. Apesar disso, tem esperança de que o Acre, que sempre foi um estado de pessoas com consciência política ampla, volte a fazer análises do que é o melhor para o coletivo.
Uma das suas memórias mais fortes é de quando houve a primeira eleição direta para governador no estado. O Acre estava entre os cinco que elegeram candidatos da oposição. Para ela, esse é o momento de todos se unirem para votar em representantes responsáveis. “Eu acho que os acreanos vão fazer uma profunda reflexão até o dia da eleição e vão ser justos na escolha daqueles que são mais responsáveis, daqueles que já mostraram como trabalham. E que não vão ficar mais encantados com pessoas sem compromisso ou experiência política, pois não têm o que oferecer concretamente para que a gente volte a ser um estado próspero, para que a gente possa enfrentar os nossos problemas da maneira mais responsável possível”, afirma.
Regina avalia que, tanto ela, como Nazaré, têm preocupação com a coletividade e que ninguém deveria fazer política por interesse pessoal ou familiar. “Respeitando todas as outras candidaturas, e pela minha experiência, acredito que não existe ninguém melhor para nos representar como Nazaré Araújo no Senado Federal”.
Por fim, a socióloga reforça o seu orgulho em apoiar alguém como Nazaré Araújo ao Senado, pois acredita que ela tem o melhor perfil para esse momento. “Todas as pessoas que têm memória da história política do Acre deveriam fazer isso também. Até mesmo a juventude deveria, afinal, quem de todos que aí estão poderá fazer mais pela juventude, mais pelas mulheres e mais pelas minorias? Quem? Mais do que Nazaré? Não existe. Ela, de fato, é o melhor nome”, conclui.