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Vereador é alvo de operação da Polícia Civil por suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro

Polícia Civil cumpre mandados na cada de vereador em Feijó

O vereador Charles Guimarães dos Santos, da cidade de Feijó, no interior do Acre, foi alvo de uma operação da Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira, 19, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão tanto na casa do parlamentar quanto da filha dele, e também na sede da colônia de pescadores do município.

A suspeita é que o vereador tenha usado a colônia em um esquema de compra de votos, para se eleger na última eleição, segundo as investigações da Polícia Civil. A GAZETA não conseguiu contato com a defesa do vereador até a publicação desta matéria. A presidência da Câmara informou que não tem conhecimento dos fatos e prefere não comentar o caso.

Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Feijó e tiveram como objetivo localizar e apreender documentos, aparelhos telefônicos e outras mídias digitais, a fim de buscar provas e elementos relacionados  a crimes eleitorais, peculato e lavagem de dinheiro, supostamente praticados pelo vereador.

De acordo com a investigação, o vereador é apontado com líder de um esquema de compra de votos, peculato e lavagem de dinheiro.

Para se beneficiar, o vereador estaria usando a colônia de pescadores para favorecer pessoas que votaram nele ou em candidatos que ele indicava. Há depoimentos de pessoas que não receberam ou tiveram dificuldade em receber o auxílio defeso (dado aos pescadores – durante o período de proibição da pesca), caso não votassem no vereador.

Durante a investigação, foi verificado ainda que várias pessoas que não preenchem os requisitos mínimos para ter o benefício do seguro defeso estariam recebendo apenas por terem votado no parlamentar nas eleições anteriores para o cargo de vereador.

Vereador Charles Guimarães é suspeito de compra de votos e lavagem de dinheiro

A investigação também aponta que o vereador estaria se apropriando de valores da própria Colônia de Pescadores, a exemplo do dinheiro fruto da venda de produtos fornecidos por ela, bem como da taxa das mensalidades pagas pelos pescadores cadastrados.

O material coletado será analisado pela delegacia de Feijó e a investigação continuará ocorrendo sob comando do delegado Railson Ferreira.

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