Dificuldades para navegação, aumento de afogamentos, abastecimento de água comprometido. Estas são apenas algumas das consequências do período de seca severa que atinge a capital acreana, relacionadas ao Rio Acre, que atingiu a cota de 1,34 metro, nesta sexta-feira (9).
Com essa cota, o manancial registra não só a menor marca deste ano, mas a dos últimos 10 anos, para o dia 9 de setembro, conforme dados da Defesa Civil do município.
Além disso, o rio ainda se aproxima da pior média histórica já registrada, que foi de 1,30 metro, em 17 de setembro de 2016. O coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Claudio Falcão, disse que há uma grande possibilidade de o rio bater essa marca neste final de semana.
“Esta é a pior cota não só do ano, mas dos últimos 10 anos. E a situação é crítica, prejudica a navegação, que não é possível com o nível tão baixo, aumenta o número de afogamentos, isso de forma direta”, disse Falcão.
Outro problema registrado por conta da seca é o desabastecimento de água nas comunidades da zona rural do município, que mesmo que não sejam abastecidos diretamente com a água do rio, é reflexo do período de seca.
“Estamos atendendo 3,3 mil famílias que estão sem água, os poços que ainda tinham água, secaram. São 21 comunidades, isso que estamos atendendo”, acrescentou Falcão.
O órgão municipal não descarta um decreto de situação de emergência nos próximos dias.