Mais de 32 milhões de brasileiros deixaram de votar! A abstenção foi a maior dos últimos 24 anos (20,9%). Já existia essa previsão, de que mais pessoas deixariam de votar, por falta de dinheiro para transporte, por ter que trabalhar, por medo do clima violento nas ruas, por não querer mesmo participar. Mas, ao longo do domingo, parecia que havia acontecido o oposto, já que as seções em muitos lugares estavam cheias. Mas isso, agora sabemos, aconteceu por dificuldades na biometria (que tornou cada voto mais demorado), e não porque tinha mais gente. Mais de 32 milhões de brasileiros não saiu de casa para votar – ou saiu e desistiu diante das longas filas.
No próximo dia 30, será bem mais rápido votar, então essa história de dar meia volta para não ter que esperar já não vai existir.
Ao fim do dia 2 de outubro, 1º turno das eleições: o eleitorado brasileiro está mais à direita do que se imaginava. E a considerada direita também tem “voto útil”: na última hora viram que nenhum daqueles 9 candidatos à Presidência, nem os mais na frente como Simone e Ciro, ia chegar a lugar nenhum, voltou para o presidente Jair Bolsonaro.
A direita também mostrou mais capacidade de colar votos em governadores, senadores e deputados. É o que mostram os números: o Brasil se moveu para a direita. E não só o Senado e a Câmara dos Deputados.
Grande quantidade de líderes foram eleitos ontem, e deles se espera espírito público, competência e visão de futuro. Para presidente ainda enfrentaremos um segundo turno. Por isso, os dados não estão todos lançados. Hora de prestar atenção e pensar que nossas crianças serão os governantes do amanhã. Elas precisam hoje de um mundo seguro e mais justo para poderem florescer.
Precisam agora de investimentos na educação básica e na segurança alimentar. De livros, bibliotecas e professores bem treinados. Nosso voto decide futuros.