Um comissão formada por candidatos que se sentiram prejudicados no certame da Sesacre, realizado no último domingo, 16, estiveram, na manhã desta quarta-feira, 19, no Ministério Público (MPAC) para protocolar uma denúncia, relatando que tiveram que assinar a folha da prova de redação, o que é proibido de acordo com o edital do concurso.
O grupo esteve na 1ª Promotoria do Patrimônio Público, onde protocolaram uma “notícia de fato”. Mas, desde o início da semana, eles relatavam o ocorrido e temem a desclassificação. Mais de 32 mil pessoas se inscreveram no concurso da secretaria, que ofertou 669 vagas de nível médio e superior.
De lá, os concurseiros foram até a Defensoria Pública do Estado (DPE), na Avenida Antônio da Rocha Viana, para impetrar um mandado de segurança coletivo, que visa proteger diretos que tenham sido violados por ato que possa ser ilegal ou abusivo. Neste caso, contra o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), banca organizadora do certame.
A assessoria de comunicação da DPE disse que o grupo esteve no local, mas que o atendimento deve ser concluído apenas nesta quinta-feira, 20, que é quando é possível falar sobre o caso.
Eudmar Nunes Bastos, um dos integrantes da comissão, salientou que a IBFC mandou uma resposta aos candidatos por e-mail.
“A banca disse que ninguém será prejudicado, porém, esse negócio gerou um problema grande. Por exemplo, quem assinou a prova e tirou os seus 80 pontos terá que ser excluído do processo, como diz o edital. Mesmo a banca dizendo que não terá problema, o candidato que não assinou e tirou 79 pontos se sentirá prejudicado. Isso não irá para por aqui. Será uma confusão das grandes”, frisou Bastos.
A assessoria da Sesacre informou que tem recebido várias reclamações, porém a responsabilidade é da banca organizadora. A reportagem de A GAZETA tentou contato com a banca, mas não obteve resposta até esta publicação, e também aguarda reposta do MP .
Resposta a candidato
Em e-mail com resposta a um dos candidatos, a banca informou que todo o material de aplicação ainda está em trânsito e deve ser separado e acessado apenas na próxima semana.
“Quanto a afirmação acerca das possíveis assinaturas nas provas discursivas em uma sala específica do cargo de Psicólogo, orientada equivocadamente pelo fiscal de sala, esclarecemos que todo material de aplicação ainda se encontra em trânsito de retorno, devendo ser separado e acessado no inicio da próxima semana, momento em que teremos dados concretos sobre o caso em tela. Insta esclarecer que o procedimento de correção de provas é realizado de maneira digital, não sendo permitido aos corretores o acesso aos dados dos candidatos nem tampouco a folha discursiva física, uma vez que os documentos passam por processo de total desidentificação, removendo qualquer possibilidade de identificação do candidato.
Os apontamentos realizados acerca da orientação fornecida pelo fiscal de aplicação serão apurados e caso identificado a adoção do procedimento relatado, é garantido ao candidato que o mesmo não seja de forma alguma prejudicado, uma vez que ao realizar a inserção das imagens no sistema de correção, qualquer identificação, marca ou assinatura que seja realizada pelo candidato em sua prova será tarjada e removida antes da disponibilização para correção, sem que haja nenhum prejuízo ou desclassificação.
Ademais, cumpre informar que a eventual aplicação de qualquer alínea do item 7.2.10. do Edital se aplica apenas as provas discursivas corrigidas, ou seja, candidatos que não obtenham classificação suficiente na prova objetiva, nos termos do item 7.2.1. do Edital, não terão suas provas discursivas corrigidas.”