O governador reeleito do Acre, Gladson Cameli, concedeu entrevista na noite de segunda-feira, 31, ao Programa Headline News, na TV Jovem Pan, apresentado por Livia Zanolini e comentários de Fabiana Barroso. Na ocasião, o chefe do Executivo falou sobre os próximos desafios em sua gestão, e do resultado do segundo turno, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva como novo presidente do Brasil.
“Em 2018 a grande pauta era a Segurança Pública. Avançamos muito, principalmente em cuidar das nossas fronteiras, de diminuir o número de mortes em nosso Estado. Agora, o grande desafio que tenho pela frente é de diminuir o alto índice de desemprego no Acre. Preciso gerar emprego e renda para que a população possa realmente ter oportunidades de trabalho”, destacou Cameli.
Gladson também comentou que sua equipe já está elaborando um plano para identificar aquilo que precisa melhorar em seu governo. “Avançamos, mas precisamos avançar mais ainda. Vale ressaltar que tivemos dois anos e meio focado em combater a maior crise sanitária da história, que foi a pandemia do covid-19. Ainda temos sessenta dias para concluir esse primeiro mandato”.
O governador falou quais serão os desafios que o Acre irá enfrentar em 2023, isso diante de uma agenda totalmente diferente em relação ao governo federal.
“Realmente foi uma surpresa o resultado das eleições. Mas, foi feito aquilo que sempre lutamos, que é pela democracia. Foi feita a vontade da maioria da população. Agora, todo mundo tem que descer do palanque e pensar em resolver os desafios que temos pela frente. O Estado precisa do apoio do governo federal, principalmente nas áreas de Segurança Pública, Saúde, Educação e Infraestrutura. Terei uma relação institucional com o novo presidente da república para que possamos vencer esses desafios. Não posso colocar política acima dos interesses do Estado, mesmo sendo de oposição. Sou um governador de todos”, disse.
Cameli deu sua opinião sobre os movimentos de protesto dos caminhoneiros, que também estão ocorrendo no Acre, após a votação do segundo turno.
“Já pedi que nossas forças militares respeitem a ordem da Justiça, pois o que ela determina não se discute, se cumpre. Lei é Lei, e eu não vou contra ela. Tenho o maior respeito pelos caminhoneiros, milhares de pais de família. Vamos achar o melhor intendimento sobre essa situação. O Acre deu mais de 70% dos votos para o Bolsonaro, que era o meu candidato, mas, a eleição acabou, e temos que aceitar o resultado das urnas, e tentar achar um equilíbrio para tudo que estamos vivendo. Temos que estar unidos, e não criar mais interrogações”, acrescentou.
Gladson falou sobre a representatividade do Acre no Congresso Nacional para ajudar no andamento das políticas públicas e projetos que estão sendo discutidos e consolidados. “Na Câmara Federal teremos oito candidatos de direta, na Assembleia Legislativa teremos mais 21 deputados estaduais, além do senador eleito Alan Rick. Os parlamentares são fundamentais para que o presidente possa executar tudo aquilo que se tem que fazer para melhorar a vida do nosso povo”, concluiu.