Em entrevista ao portal de notícias Metrópoles, de Brasília, o governador reeleito do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), criticou as manifestações e bloqueios em estradas de todo Brasil, em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições deste ano.
“Todos têm o direito de se manifestar. Porém, deve ser de forma pacífica e ordeira, sem atrapalhar a vida do cidadão. Nosso estado não pode correr o risco de desabastecimento, ainda mais de produtos e serviços essenciais”, ressaltou Cameli, que, mesmo aliado de Bolsonaro, requisitou a ação das forças de segurança para impedir os bloqueios das rodovias federais sob risco de impacto no abastecimento do Acre.
Durante a entrevista, o chefe do Executivo considerou que o pedido do presidente para a liberação das vias e o uso de força policial surtiu efeito em grande parte dos bloqueios, além de destacar que os votos do eleitorado acreano a Bolsonaro (mais de 70% dos votos, no segundo turno) podem ser interpretados como gratidão do eleitor a tudo que o governo federal fez pelo Acre.
“Desde o começo, trabalhamos muito pela candidatura de Bolsonaro, porque acreditamos que ele foi um grande parceiro para o Acre. Somos um Estado que ainda depende muito das verbas federais, e nesse governo tivemos apoio para avançar, em diversas áreas, como Segurança, Saúde, Educação. Então, essa vitória pode ser vista como a gratidão do eleitor acreano a tudo o que o presidente fez pelo nosso Estado”, disse.
Gladson também salientou que, mesmo fazendo campanha para Jair Bolsonaro, estará aberto ao diálogo com o presidente eleito.
“Quando chegar a hora de nos sentarmos e discutirmos, penso que vou estar à frente do Luiz Inácio Lula da Silva, presidente de todos os brasileiros. Estou preparado para ir, como Gladson Cameli, governador de todos os acreanos. A eleição já passou, as siglas partidárias têm que estar em segundo plano. De nossa parte, vamos continuar trabalhando, colocando, em primeiro lugar, as pessoas”, finalizou Cameli.