A capital acreana, Rio Branco, apresentou uma redução de 89% nas notificações dos casos de dengue, entre o ano de 2021, até a segunda semana de novembro deste ano, de acordo com levantamento da Vigilância Municipal em Saúde, repassado a A GAZETA.
Conforme os dados, em 2021 foram notificados 11.965 casos suspeitos de dengue, já em 2022 foram notificados, até a segunda semana de novembro, 1.298 casos suspeitos de dengue. Em relação aos casos que deram positivos para a doença, a redução foi ainda mais significativa, caindo de 5.601 no ano passado, para apenas 217 neste ano.
Alerta
Porém, há um alerta, pois apesar da redução significativa, otempo quente e chuvoso, deste período do ano, é o período perfeito para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue. E de acordo com a Vigilância, o índice de infestação predial pelo mosquito, em Rio Branco, é de 6%, o que indica uma situação de risco, como classifica o Ministério da Saúde (MS), podendo haver uma epidemia da doença caso medidas não sejam adotas.
O 4° Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti foi realizado entre os dias 7 e 11 de novembro, mostra que as regionais da capital acreana mais infestadas são: João Eduardo, Seis de Agosto e Estação Experimental.
“Das 10 regionais, apenas a regional Calafate se encontra em situação menos preocupante, de alerta, as demais regionais estão todas em risco, o que significa dizer que as condições relacionadas à infestação pelo vetor Aedes são favoráveis para o aumento dos casos de Dengue, Zika e Chikingunya”, diz o relatório da Vigilância Municipal.
De acordo com a Vigilância, os tipos de reservatórios com maior predominância de larvas são as caixas de água (62%) e pequenos recipientes (24%). Os dados mostram que o mosquito se reproduz principalmente no ambiente domiciliar.
Prevenção e combate
Com a chegada do período de chuvas, as ações de rotina ganham reforço com a campanha anual, que agrega ações de educação e informação em saúde. A limpeza urbana é outro elemento importante na redução da Infestação, e também soma ao conjunto de ações.
Durante as visitas domiciliares, os agentes identificam criadouros, eliminando a mecânica dos criadouros que são passíveis de eliminação e se preciso, realizam a aplicação de larvicida naqueles que não são passíveis a serem eliminados.
Nos imóveis em que há pacientes com suspeita de dengue, a Vigilância Municipal realiza a borrifaçao espacial, como forma de quebrar a cadeia de transmissão. Além disso, a prefeitura também promove ações educativas, como palestras e blitzs de conscientização.