O Ministério Público do Acre (MPAC) abriu investigação, por suspeita de pirâmide financeira, contra a Xland Investment, empresa de criptomoedas. A 1º Promotoria de Defesa do Consumidor propôs uma ação civil pública, assinada pelo promotor de Justiça, Flávio Bussab, visando apurar os fatos.
A GAZETA não conseguiu contato com a empresa até a publicação desta notícia.
“Conforme já informado no Relatório Técnico n° 09/2021, a Comissão de Valores Mobiliares, CVM, solicitou dispensa para a empresa Xland Investment dos investimentos voltados ao mercado de criptomedas, enfatizando que, para operar no mercado financeiro, teria que cumprir as orientações descritas em correspondência reportada à empresa”, diz parte do documento.
“Sendo que a empresa não cumpriu com as exigências solicitadas, foi aberto inquérito, através do Ministério Público do Estado do Acre, 1° Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor, publicado pela CVMb em conjunto com a Procuradoria Federal, e demais documentos, onde ficou constatado que a conduta do empreendido implica em potencial esquema de pirâmide financeira, apenas com a intenção de lucros elevados e rápidos, principalmente para os idealizadores, através do recrutamento enganoso de muitas pessoas, o que se caracteriza como conduta criminosa”, continua.
Ainda de acordo com o MPE, algumas características adotadas pela Xland Investment indicam que o negócio é praticado ilicitamente: “falta de informação sobre o produto oferecido; não expressa que há garantia de devolução de dinheiro; não informação detalhada sobre o responsável por cuidar do dinheiro e sobre seus proprietários”, entre outros.
Ainda segundo a Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor, “a Xland Investiment tem agido de forma potencialmente muito semelhante de uma pirâmide, mas não uma pirâmide tradicional; uma pirâmide num esquema mais elaborado, conhecida como esquema de Ponzi”.