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Em primeiro pronunciamento após a derrota, Bolsonaro não cita Lula e diz que cumprirá a Constituição

O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas, no segundo turno das eleições 2022, se pronunciou na tarde desta terça-feira, 1, após dois dias de silêncio sobre a vitória de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma fala rápida, Bolsonaro não citou o presidente eleito e pediu que os protestos sejam pacíficos.

“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, afirmou.

A falta de pronunciamento do atual presidente serviu de munição para a continuidade dos bloqueios feitos por caminhoneiros bolsonaristas, que rejeitam o resultado da eleição e apoiam um golpe de Estado.

“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, disse o atual presidente.

Após o pronunciamento de Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, assumiu o microfone e declarou que o processo de transição será iniciado, dentro do prazo legal determinado.

Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.

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Maria Meirelles: