Pelo menos dois postos de combustíveis de Rio Branco zeraram os estoques de produtos, no final da tarde desta quinta-feira, 3, devido ao fechamento da BR-364, no estado de Rondônia. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre.
Os protestos que ocorrem em várias partes do país são encabeçados por caminhoneiros, que não aceitam o resultado das eleições do último domingo, 30, que elegeu Lula para seu terceiro mandato de presidente.
No Acre, os protestos encerraram na noite de quarta, 2, após um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, que pedia que os pontos fechados fossem liberados. Mas, alguns pontos de bloqueios seguem, inclusive, fechando o acesso entre o estado de Rondônia e Acre.
“Na estrada, há, no momento, negociação para desobstrução. A informação que temos da PRF é que hoje, ou amanhã, [sexta,4] vão desobstruir. E tomei conhecimento, agora há pouco, que há dois postos onde acabaram o produto”, disse Delano Lima, presidente do sindicato.
Conforme Lima informou, os estoques que zeraram são da bandeira Shell, que não possuem distribuidora no estado e, por isso, os comerciantes precisam ir a Porto Velho buscar o combustível.
“A BR tem distribuidora aqui, e, por enquanto, nos postos BR, que são a maioria da capital, não está faltando, pelo menos ainda não tenho nenhum relato. Equador também tem base aqui, e tudo indica que não vai faltar, porque tem essa base. Claro que há o risco se não abrir a estrada nos próximos dias, mas, no momento, ainda não é preciso criar alarde”, pontuou.
Além destes postos de combustíveis que zeraram os estoques, a Associação de Bares, Restaurantes, Conveniências, Distribuidoras e Eventos do Acre (ABRACRE), emitiu uma nota informando que pode haver desabastecimentos de cerveja.
“Vimos por meio desta informar que, em virtude dos bloqueios feitos em vários pontos das estradas brasileiras, estamos na eminência de um desabastecimento de cerveja em nosso estado, podendo a haver o fechamento de bares, conveniências e distribuidoras, causando um prejuízo incalculável ao segmento, em virtude disso, solicitamos o apoio das autoridades constituídas no sentido de ajudar nossa categoria”, diz o documento.