A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Rio Branco deu início, no final de outubro, às aulas de equoterapia da instituição de ensino especial, após quase quatro anos sem o tratamento de reabilitação com os estudantes. A atividade aconteceu no Rancho Ipanema, localizado na Estrada de Porto Acre, e contou com a presença de gestores públicos do município, de pais e alunos, e da direção e equipe técnica da entidade.
O recurso para o projeto, no valor de R$ 250 mil, foi destinado pelo Banco Santander, e repassado à Apae pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes de Rio Branco (CMDCA).
“O Santander lança edital de projetos a cada ano, às vezes, de dois em dois anos, que são enviados aos conselhos que fazem o chamamento público para as organizações que estão inscritas no conselho. Na capital, a Apae foi contemplada em 2019, só que o recurso só foiexecutado este ano. O projeto foi renovado até 2023, só que para outras ações”, comentou Sarah Farht, presidente CMDCA.
A presidente da Apae Rio Branco, professora Maria do Carmo, disse que os pais e alunos aguardavam ansiosos o retorno da atividade.
“Essa ação está sendo muito importante. Eles esperavam há muito tempo pelo retorno da equoterapia, e a direção da Apae também. Agradeço ao Santander, ao Conselho, e a gestão anterior da instituição, que desenvolveu o projeto. Estamos dando apenas continuidade aquilo que já tinha sido iniciado. Parabenizo todos os técnicos e servidores da entidade pela ajuda na abertura da aula inaugural”, pontuou.
Amor e dedicação
A funcionária pública Eldineia Ferreira Gomes, mãe do estudante Arlan Ferreira, frisou que a equoterapia é tudo para o seu filho. “Arlan participa desse método terapêutico desde que começou, isso há uns 10 anos. Ele era muito hiperativo, fugia de casa, da escola, e, com essa atividade, meu filho ficou mais calmo. Eu e o Arlan ficamos felizes com o retorno da equoterapia”.
O aposentado Antônio Moreira de Carvalho, coordenador das famílias apaeanas da Apae de Rio Branco, e pai da aluna Lívia Moreira, destacou os benefícios da equoterapia na vida da sua filha.
“A Lívia, quando começou o tratamento, isso desde 2016, mudou o comportamento, até sua estrutura corporal ficou melhor, principalmente na forma de andar. Como estávamos muito tempo sem essa atividade, sinto que minha filha regrediu um pouco. A equoterapia voltou em boa hora para a Apae. Esse tratamento é indispensável para os estudantes”, defendeu.
A equoterapia é um tipo de tratamento realizado com pessoas com deficiências ou necessidades especiais, como síndrome de Down, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou autismo, que utiliza o cavalo para promover o desenvolvimento físico e psicológico do praticante. Pesquisas apontam que a prática contribui para a melhora do equilíbrio, do relaxamento, da consciência corporal, da força muscular e o aperfeiçoamento da coordenação motora. Além disso, estimula novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.