Devido ao aumento de casos de covid-19, nas últimas semanas, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) realizou, nesta sexta-feira, 18, uma reunião para discutir o plano de ação contra a doença. O uso de máscaras faciais em ambientes hospitalares, a ampliação da testagem e a cobertura vacinal foram uns dos principais assuntos em pauta.
Participaram técnicos, chefes de departamento, diretores e gestores das unidades hospitalares regionais. De acordo com secretaria de Saúde, Paula Mariano, o papel do Estado é monitorar a ação do vírus, além de elaborar estratégias para conter os efeitos da doença.
“Esse aumento nos deixa em alerta e nosso objetivo aqui é antecipar cenários, nos preparar com que temos. O que não temos, corremos atrás, mas não deixaremos a população desassistida. Desde o início, tivemos esse compromisso e não vamos falhar agora”, destacou.
De acordo com a chefe do Centro de Informação Estratégica e Vigilância em Saúde, Debora dos Santos, as recomendações iniciais são de que a população tome medidas de proteção como a utilização da máscara facial dentro dos ambientes hospitalares, por exemplo.
“De início vamos reforçar o uso da máscara nos hospitais, por parte dos usuários e dos profissionais de saúde. A pessoa que tiver com sintomas respiratórios, deve procurar a unidade de saúde mais próxima para a realização do teste. Nós vamos pedir que essas pessoas que tiveram o teste positivo que façam o RT-PCR, para que possamos identificar qual a variante que está circulando no estado”, informou.
O Centro de Operações em Emergência de Saúde (COE) e a Rede de Urgência e Emergência (RUE) coordenarão o plano de ação junto às unidades de saúde do Estado. Nele estão contidas as metas de organização dos pontos de atenção, para o possível aumento de casos que necessitem de hospitalização.
“Todos os gestores vão preparar em suas unidades leitos de isolamento e as tecnologias necessárias para atender os pacientes, como monitores cardíacos, ventilador mecânico, oxigênio e insumos. Já vão deixar a unidade preparada para receber esses pacientes se for preciso”, disse o coordenador do COE e da RUE, Edvan Ferreira.
Vacina disponível
O plano de ação enfatiza ainda a ampliação da testagem para a covid-19 e o reforço nas ações de vacinação. O Acre ainda não atingiu a cobertura vacinal de 90% da população, com idades entre 3 e 12 anos, aptos a se vacinarem. Dados do Programa Nacional de Imunização do Acre (PNI) revelam que mais de 145 mil acreanos não tomaram a primeira dose do imunizante.
A vacina é comprovadamente o instrumento mais eficaz contra a covid-19. Ou seja, quanto maior a cobertura vacinal, menos casos graves da doença se desenvolverão. “As vacinas continuam à disposição da população nas unidades básicas de saúde. As pessoas precisam se conscientizar sobre a importância da vacinação e procurarem se vacinar”, frisou Renata Quiles, coordenadora do PNI no Acre.