Neste mês de novembro, mais de 68 milhões de brasileiros estão com o nome negativado no Serasa. Segundo a empresa, os números são crescentes, desde o mês de março deste ano, e atualmente são maiores do que os registrados no ápice da pandemia do coronavírus, durante o isolamento social.
O desemprego segue como o principal motivo do endividamento em 2022, seguido por fatores como a inflação, que diminuiu o poder de compra dos brasileiros, e a falta de educação financeira. De acordo com a pesquisa do Serasa, o cartão de crédito permanece como a principal causa do endividamento das pessoas, endividando 53% da população.
Das dividas realizadas com o cartão de crédito, 65% correspondem a compras em supermercado, resultante da perda do poder de compra. As compras de produtos, remédios e tratamento médico seguem com alta porcentagem na pesquisa, revelando o atual manuseio do cartão de crédito, atualmente utilizado para compras imediatas, o que segundo o Serasa, pode ser prejudicial à vida financeira dos indivíduos.
Na última pesquisa realizado pela empresa sobre perfil e comportamento do brasileiro endividado em 2022, Matheus Moura, diretor de Marketing, destaca: “O endividado, atualmente, é o trabalhador brasileiro tentando vencer os obstáculos. Ele que pagas as dívidas, mas se vê em situações sem saída”. Apesar da redução do desemprego, registrada nos últimos meses, principalmente entre os jovens, que são 30% dos endividados, a mudança não é imediata.
“O desemprego e a alta na inflação, somados, tem uma inadimplência recorde”, relata Matheus.