A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, na manhã desta sexta-feira, 18, que está ocorrendo interdições na BR-364, no Estado de Rondônia, que, consequentemente, podem atingir o abastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis no Acre.
Os bloqueios estão sendo realizados por caminhoneiros, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar o bloqueio bancário imediato de 43 empresas e empresários, que seguiram, em um comboio de caminhões, para se manifestar contra o resultado das eleições presidenciais em Brasília.
Como em protestos anteriores, a PRF poderá acionar a Advocacia Geral da União (AGU), para que seja solicitada à Justiça Federal, uma medida judicial para assegurar a desobstrução da rodovia federal.
Até às 10h30, desta sexta, já eram contabilizados pelo menos 10 pontos de bloqueios, conforme atualização da PRF. Em vídeo divulgado na página oficial da polícia, no Instagram, a polícia pede para que não sejam divulgados vídeos, áudios ou notícias que não tenham confirmação oficial.
Vídeo mostra discussão
Um vídeo, divulgado na manhã desta sexta, mostra uma discussão entre policiais federais e manifestantes, em Ariquemes, quando os agentes tentam desobstruir a via. Um dos agentes ameaça dar voz de prisão a um dos manifestantes, por desobediência.
Comunicado
Em informe atualizado, por volta de 11h30, a PRF disse que os pontos de bloqueios se concentram apenas no estado de Rondônia e que trabalha para que ocorra a desobstrução da via o quanto antes. (Veja na íntegra)
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rondônia informa que registrou diversos pontos de bloqueio nas BRs que cortam nosso estado.
De acordo com informações dos sistemas oficiais da PRF, apenas o estado Rondônia registra pontos de bloqueios ou interdições, caracterizando assim um movimento local. Conforme dados preliminares coletados por nossas equipes de campo, o número de manifestantes é bastante reduzido, se comparado aos eventos anteriores. Em análise inicial, que precisa de validação dos fatos, aparentemente, o grupo atual é composto por dissidentes que não aceitaram os acordos firmados anteriormente.
Cumprindo as decisões judiciais, a PRF atuou, desde 31 de outubro, em todos os locais de manifestação observados no estado e após acordo com as lideranças não houve necessidade do uso da força e foram estabelecidos compromissos de não fechamento das vias terrestres.
Essa nova ação, que desrespeita a Constituição Federal de 1988 e prejudica toda a sociedade rondoniense, limitando o direito de ir e vir de cidadãos brasileiros não será tolerada. Ações dessa natureza prejudicam não só o livre trânsito das pessoas como também geram prejuízos a pequenos comerciantes, colocam em risco a saúde de pessoas em tratamento e o atendimento de urgência e emergência aos acidentados, o deslocamento de estudantes, profissionais de segurança pública, equipes da área de saúde, dentre outros.
As centenas de mensagens e ligações recebidas pela PRF em Rondônia demonstram a insatisfação e a desaprovação da população com esse tipo de manifestação, que gera transtornos em diversas áreas.
A Polícia Rodoviária Federal iniciou tratativas com as instituições que consolidaram a Força Tarefa conjunta e em breve iniciará os protocolos para normalização do fluxo de trânsito nas BRs, empregando o uso da força nos locais em que o diálogo não surtir efeitos.
Aos que necessitam realizar viagem, a PRF orienta que muitos trechos não são atendidos por sinal de operadora de celular ou internet e também que não existem estruturas de apoio nos locais (apenas pequenos comércios de beira de estrada), assim, é fundamental redobrar os recursos para as possíveis necessidades dos viajantes.