Depois de dois jogos ausentes e dez dias em tratamento de lesão, Neymar reforçou a seleção brasileira nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar e foi eleito o craque da vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul nesta segunda-feira. O camisa 10 retornou com gol de pênalti, drible no juiz, participou ativamente das jogadas ofensivas e se mostrou à vontade em campo.
O atacante ficou contente com seu desempenho, embora tenha dito que “quer mais” e afirmou que está totalmente livre das dores no tornozelo direito que havia lesionado contra a Sérvia. “Não sinto mais nada”, disse ele, satisfeito com a sua performance. Ele jogou 80 minutos e foi substituído por Rodrygo.
“O desempenho foi muito bom. Gostei muito da minha partida, mas acho que dá pra melhorar sempre. Não posso ficar satisfeito”, afirmou. O melhor da partida, ele considera, não foi um só, mas o grupo.
“Tenho que seguir crescendo com a equipe. O destaque não foi só um jogador. Foi nosso elenco. Estou muito contente pelo desempenho de todos”, comentou o astro da equipe, autor dos segundo gol. Os outros saíram dos pés de Vini Jr, Richarlison e Lucas Paquetá. Apenas Raphinha, entre os membros do quinteto ofensivo, não foi às redes.
Neymar passou oito dias fazendo três sessões diárias de exercícios na sala de fisioterapia do hotel até poder calçar as chuteiras e fazer dois treinamentos com bola antes de voltar a jogar.
Nos dias em que esteve fora de combate, sobretudo na noite em que se lesionou diante da Sérvia, quando deixou o campo chorando e abatido, o atleta contou ter se sentido frágil, com medo de não jogar mais a Copa. “Passaram mil coisas, dúvidas, medos na minha cabeça”, disse.
“Mas tive o suporte dos meus companheiros, da minha família, de buscar força de onde não tinha mais. Recebi boas energias, mensagens de recuperação. Isso me confortou bastante”, completou o atleta, que prometeu agradecer em campo aos que por ele torceram e de que alguma forma lhe ajudaram, “fazendo de tudo para que a seleção brasileira possa ganhar o título”.
O atacante resgatou uma publicação que fez no início da Copa do Mundo, antes mesmo da seleção estrear, para dizer que a postagem em que simulou uma sexta estrela em seu calção que motivou um jornal alemão a chamá-lo de arrogante não foi menosprezo às outras seleções, mas desejo de ganhar o hexa.
“Quando coloquei a estrela na bermuda não foi para menosprezar nenhum rival, mas sim para mostrar do que estou em busca, meu sonho e de toda a equipe”.
O próximo desafio dele e da seleção brasileira no Catar é contra a atual vice-campeã Croácia. As seleções se enfrentam pelas quartas de final na sexta-feira, ao meio-dia (de Brasília), no Education City Stadium. “Estamos cada vez mais perto. Temos mais um passo a dar. Estou feliz. Vai dar tudo certo. Tenho certeza que a gente vai sorrir no final”.