Com a intensificação do período chuvoso na capital acreana, e nos demais municípios do Estado, a população deve ficar atenta e tomar alguns cuidados para evitar a contaminação por leptospirose, doença infecciosa causada por bactérias presentes na urina dos ratos, e que pode ser transmitida por meio da água contaminada em contato com a pele.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), no ano passado, 832 pessoas foram contaminadas pela doença no Acre. Em 2022, até o início de dezembro, foram registradas 408 notificações, sem nenhuma morte registrada. Apesar dessa reduação, a Saúde estadual alerta para alguns cuidados.
“A bactéria também pode ser transmitida por outros animais, como a vaca, porco, cavalo e os cachorros, que podem contaminar o ser humano, porém, o grande ‘vilão’ é o rato, pela urina do animal, e não precisa ter arranhão na pele para ser infectado”, salientou o médico veterinário, José Guimarães.
Vídeos divulgados pelas redes sociais, de alagamentos recentes em Rio Branco, mostram pessoas se banhando em meio a água retida pelas fortes chuvas, em bairros e em avenidas, o que pode acender o alerta de perigo.
Sobre a doença
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.
O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias, e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.
Principais sintomas
– Febre
– Dor de cabeça
-Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
-Falta de apetite
-Náuseas/vômitos