Em entrevista exclusiva ao jornal A GAZETA e à rádio GAZETA 93FM, o diretor-presidente da Energisa Acre, José Adriano, fez um balanço dos quatro anos de serviços oferecidos, no Estado, pela companhia, além de ressaltar a preocupação constante com a sustentabilidade da rede elétrica local, por meio de um projeto de descarbonização que busca pela redução e, a curto prazo, a eliminação da emissão de gás carbônico na atmosfera.
Desde 2019, a Energisa vem fazendo grandes investimentos para desativar usinas térmicas no Acre e substituí-las por fontes de energia mais limpas, econômicas e eficientes.
“Estamos no Acre, desde o final de 2018. Esse foi um período muito desafiador, mas muito profícuo de grandes realizações. Tivemos, nesse tempo, o advento da pandemia, que pegou todos de surpresa, um momento difícil! A Energisa sempre esteve presente para atender os seus clientes. Fizemos muitos investimentos no Acre, em reformas, manutenção e construção de redes, além de obras estruturantes para sustentabilidade de energia no Estado”, frisou Adriano.
O gestor ressaltou que uma das primeiras missões que realizaram no Acre foi a construção da subestação do Alto Alegre, que fica na Estrada de Porto Acre, e que foi construída em tempo recorde. “Isso proporcionou aumentar a capacidade entre 25% a 30% do fornecimento, para Rio Branco e os municípios circunvizinhos. Estávamos em uma limitação muito grande. Também duplicamos a subestação de Epitaciolândia, que também abastece o município de Brasiléia. Fizemos a subestação de Manoel Urbano e Assis Brasil. Foram 200 quilômetros de linha de alta tensão”.
O diretor-presidente da Energisa Acre destacou que esse foi o primeiro passo do projeto de descarbonização, que consiste em eliminar a geração termoelétrica do Acre.
“Quando chegamos aqui, 11 municípios ainda eram abastecidos com geração termoelétrica, a óleo diesel, que é mais cara e poluente. Já interligamos dois ao Sistema Nacional de Energia, que é sustentável, limpo e de melhor qualidade para todo o Acre. Faremos o maior programa de investimento para o próximo triênio. Estamos construindo sete subestações, que são, na verdade, estações de distribuição de energia elétrica. Serão duas em Rio Branco, próximo ao shopping, e no quilômetro 58 da Transacreana, um linha e subestação para Acrelândia, Feijó e Tarauacá. Em junho de 2023, iremos parar as termoelétricas, de Feijó e Tarauacá. Levaremos uma nova subestação para Mâncio Lima, e, em 2025, finalizaremos esse projeto de descarbonização com Cruzeiro do Sul, que é o nosso grande sonho”.
Ele salientou que o projeto de descarbonização é uma das maiores ações que o grupo está realizando no Acre. “Estaremos evitando 176 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Com isso, eliminaremos 95% da geração termoelétrica no Acre. Só ficarão os quatro municípios isolados, que são Jordão, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus, porque não têm estradas, mas estamos pensando em alternativas para lá”.
Aproximação da Energisa com a população
José Adriano comentou sobre responsabilidade constante da companhia com a satisfação dos clientes e sobre os caminhos que devem ser percorridos pela empresa.
“Sem o cliente, não tem motivo para se ter o negócio. Sabemos do tamanho da nossa responsabilidade. Temos um longo caminho a percorrer, mas estamos construindo a base sólida desse longo caminho. Fazemos questão de fazer o ‘Energisa na Comunidade’. Fizemos quatro eventos, em outubro deste ano, dois em Rio Branco, um, em Rodrigues Alves, e um, em Cruzeiro do Sul. Estamos preparando um megaevento no shopping, para o final do ano. Temos que entender a necessidade dos clientes, tratá-los com respeito, ouvir a opinião das pessoas, para melhorar o atendimento na região”, ressaltou o gestor.
O diretor da companhia falou ainda sobre as inovações para facilitar o atendimento ao público que utiliza os serviços da Energisa. “Digitalizamos o atendimento. Atualmente, se o cliente quiser ficar em casa, ele tem todos os serviços à disposição, por meio do aplicativo ‘Energisa On’; criamos também o atendimento via Whatsapp (Gisa). Padronizamos todas as agências para melhorar o atendimento”.
Adriano enfatizou que, em 2022, foram atendidas 1.378 famílias, no programa “Mais Luz para Amazônia”, uma ação do governo federal, que possibilitou o fornecimento de kits de placas solares, e no qual a Energisa é agente executora, dando prioridade aos municípios do Vale do Juruá, em 10 municípios, nos lugares mais distantes.
“Não estamos preocupados com os clientes dos grandes centros urbanos, mas também com quem está no seio da floresta. É emocionante ver alguém que nunca teve o nosso serviço usar energia elétrica, usufruir de tudo o que podemos oferecer. Integrar esses brasileiros, esse é o nosso papel. Assinamos, com o Ministério de Minas e Energia, a extensão desse programa. Serão mais seis mil ligações para 2023 e 2024”, concluiu o diretor-presidente da Energisa Acre.