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Na Câmara de Rio Branco, audiência pública discute terceirização da Saúde na capital acreana

Na Câmara de Rio Branco, audiência pública discute terceirização da Saúde na capital acreana

Uma audiência pública foi realiza na tarde desta quarta-feira, 21, na Câmara Municipal de Rio Branco, com o objetivo de debater o Projeto de Lei que trata sobre a execução de ações e serviços de saúde pública através da participação da iniciativa privada, sob o regime de credenciamento e outras providências.

A reunião foi requerida pelo vereador Rutênio Sá. A sessão foi acompanhada por servidores comissionados que aprovam a normativa e de representantes ligados aos setores da Saúde no município.

De acordo com o PL, os trabalhadores temporários continuam exercendo suas funções nos próximos seis meses de 2023, de forma terceirizada, com previsão de que o contrato seja prorrogado no segundo semestre do próximo ano, ou que possa ocorre concurso público em outubro ou novembro.

Na Câmara de Rio Branco, audiência pública discute terceirização da Saúde na capital acreana

“O intuito da prefeitura não é prejudicar, nós precisamos suprir a necessidade real e verdadeira da população, temos que suprir essa necessidade urgente da falta de profissionais. Então, é essa dificuldade que temos, mais de 68 unidades e nem todas têm a equipe completa. É responsabilidade da gestão e nós temos esse compromisso com quem realmente precisa da atenção básica. O prefeito não está dizendo que não vai realizar o concurso, já está pactuado para outubro de 2023”, disse Sheila Andrade, titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

A gestora também salientou que o Executivo quer mostrar que o projeto apresentado é bom para toda sociedade. “Ele tem um prazo! O município está se organizando para fazer um concurso público. Tudo isso tem um reflexo na gestão. Nesse meio termo, não podemos deixar a sociedade sem atendimento na Saúde”.

Alesta Costa, presidente do Sindicato Técnicos de Enfermagem, auxiliares e enfermeiros do Acre (Spate), é contra a aprovação do PL.

Na Câmara de Rio Branco, audiência pública discute terceirização da Saúde na capital acreana

“Terceirizar não é a solução de trazer médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, temos dois anos do Tião Bocalom na prefeitura, e porque não se fez concurso público? Sabe para quê? Para ter as pessoas em suas mãos para ganhar o voto no período eleitoral, defende que não podemos viver em uma politicagem, temos que ter uma política honesta, pessoas que estudaram, estão precisando de emprego, e elas têm que ser livres para trabalhar e fazer o seu serviço com garantia, e quando reclamar de material não correr o risco de perder o emprego por ser terceirizado”, enfatizou Costa.

Para o presidente do Sindicato da Saúde, Juscelino Rodrigues, a terceirização nunca deu certo. “Em outros Estados, que optaram por essa situação, o resultado foi dívidas e desorganização. Eu trabalho há 30 anos no Pronto Socorro, tem algumas salas terceirizadas, o serviço só piorou a cada dia, as empresas que ganham a licitação e que se dão bem. E sabe porque não tem médico porque o poder público paga mal”, disse o sindicalista.

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