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Em quatro anos, mais de 100 crianças ficaram órfãs por feminicídio no Acre, alerta IMA

Em quatro anos, mais de 100 crianças ficaram órfãs por feminicídio no Acre, alerta IMA

O Acre lidera o ranking de feminicídios de mulheres no Brasil. Nos últimos quatro anos, pelo menos 100 crianças ficaram órfãos no estado, em decorrência do crime de gênero

O alerta foi feito pelo Instituto Mulheres da Amazônia (IMA) que, com base nos dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que o Estado lidera, proporcionalmente, o índice nacional feminicídio desde 2019.

Segundo o IMA, se analisarmos o percentual em dados parciais do Observatório de Gênero do Ministério Público do Acre, a cada mês, o feminicídio deixou dois órfãos. Porém, como observou o instituto, esse número pode ser ainda maior.

De acordo com o levantamento, 68% dos assassinatos de mulheres ocorreram na residência da vítima, 88% dos feminicídas eram companheiros ou ex-companheiros, e 68% das mulheres eram mães (casos entre os anos de 2018 e 2021).

No Estado, um dos casos mais marcantes de feminicídio ocorreu em 2021, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco. A dona de casa Adriana Paulichen, de 23 anos, foi morta a golpes de facas e estrangulamento pelo próprio marido. Os dois tinham um filho que, à época, tinha apenas 1 ano e 6 meses de idade.

Em quatro anos, mais de 100 crianças ficaram órfãs por feminicídio no Acre, alerta IMA

“Precisamos mudar essa realidade e cobrar amparo e a implementação efetiva da Lei 4.065 de dezembro de 2022, que estabelece a Política Estadual de Proteção e Atenção Integral aos Órfãos de Feminicídio no Acre”, destacou uma publicação feita nas redes sociais pelo IMA.

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