Apoiado pelo Fundo JBS pela Amazônia, o projeto Geoflora – Automação Florestal e Espacialização de Carbono ganhou repercussão nacional em reportagem publicada pelo site Poder 360. Isto porque, é um projeto de bioeconomia e manejo florestal que cria oportunidades no Acre e em toda a Amazônia.
O Geoflora está desenvolvendo o mapeamento da floresta por meio da captura de imagens feitas por drones e uso de inteligência artificial. Essa é uma nova etapa de um trabalho da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Acre que, desde 2007, reproduz o desenho da floresta e já o fez com ajuda de aeronaves e sensor laser, que tornaram possível disponibilizar esse material em 3D.
Agora, o projeto parte para o próximo passo com uso de drones capazes de mapear grande extensões de árvores em menos tempo, o que pode auxiliar no planejamento e no manejo florestal. O sistema também garante que, por meio do diâmetro da copa, seja identificada a capacidade de estoque de carbono, cujo mercado de créditos tem grande potencial.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Evandro Orfanó, a tecnologia permite acelerar o trabalho, que antes era feito a pé, árvore por árvore.
“Antes, mateiros e extrativistas tinham que percorrer grandes extensões a pé, e passando árvore a árvore para identificar o que tinha de recursos e quantas estavam produtivas. Uma equipe de planejamento florestal leva um dia para mapear 20 hectares de floresta. São 20 campos de futebol. Uma equipe com um drone consegue mapear aproximadamente 1 mil hectares por dia, um salto muito grande no desempenho”, afirmou.
Com a tecnologia amadurecida, os pesquisadores vão enriquecer o banco de dados do algoritmo da inteligência artificial para que seja usado em um software de uso livre. Ou seja, engenheiros florestais, equipes de empresas ambientais e órgãos de fiscalização do meio ambiente poderão utilizar essa ferramenta para interpretar as imagens capturadas por drones e colher informações da área desejada e transformá-las em oportunidades.
Com informações site Poder 360