A crise política no Peru e suas consequências. Nesta segunda-feira, 23, vídeos e imagens mostrando uma grandes filas formadas no único posto de combustíveis do município acreano de Assis Brasil, por peruanos das cidades de Iñapari, Puerto Maldonado e distrito de ibérica, que buscavam gasolina para uso próprio e revenda, repercutiu nas redes sociais.
Devido a ‘onda’ de protesto no país andino, por parte da população que pede a saída da presidente do país, Dina Boluarte, vários produtos estão faltando no em diversas cidades do Peru.
Com o clima de tensão, os homicídios e os atentados, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) orienta acreanos e demais brasileiros que pretendem viajar ao país vizinho que adiem os planos. Pelo menos 50 pessoas foram mortas, desde o início das manifestações.
Em nota publicada no final da tarde desta segunda-feira, 23, o Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ressaltou que acompanha de perto a situação da população peruana em busca de combustível no Brasil, diante da crise política que vive o país.
E que, diante da situação, já manteve reunião com todas as instituições públicas estaduais e federais na região para traçar medidas que assegurem a segurança dos moradores de Assis Brasil e da cidade peruana de Iñapary, esta última afetada diretamente pelo desabastecimento de itens de primeira necessidade, com os bloqueios de manifestantes.
“Nesta segunda-feira, 23, a Sejusp iniciou tratativas com a prefeitura de Assis Brasil, com a Agência Nacional do Petróleo, Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal, entre outros órgãos, para que estratégias sejam adotadas no sentido de preservar a integridade física do povo peruano e da nossa população de Assis Brasil, sobretudo, quanto ao transporte de combustível para o lado peruano”, diz um dos trechos da nota.
Por fim, a Sejusp entende que a questão requer senso humanitário, cooperação e reciprocidade com os vizinhos irmãos, adotando medidas em que prevaleçam a ordem e a segurança de todos na fronteira”, concluiu a nota, assinada pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia.