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VÍDEO: Artista acreana reúne histórias de mulheres de terreiro em documentário

Alegrias, preconceito, fé e resiliência. O universo das mulheres de axé, como são conhecidas as praticantes da Umbanda e do candomblé, é um mix de emoções. Foi pensando em contribuir com a construção de uma sociedade livre da intolerância e do racismo religioso que a artista acreana Narjara Saab desenvolveu o Projeto Axé Mulher.

Além de construir uma exposição fotográfica de dezenas de mulheres umbandistas e candomblecista, Narjara é autora de um documentário que junta os relatos das entrevistadas. Falas fortes que retratam a violência e o preconceito, que elas, muitas vezes na infância, precisam enfrentar cotidianamente.

Narjara Saab (de branco) e a Mãe Marajoana de Xangô (Foto: Kariane Lins)

“Em algumas leituras que fiz, constatei que a maioria das vítimas de intolerância religiosa são mulheres. Inicialmente, pensei em uma exposição física, com fotos impressas. Mas, percebi que na rede, as fotos e o vídeo circulariam muito mais, acessa mais pessoas. E o objetivo principal desse projeto é contribuir para o combate a intolerância religiosa, com as religiões de matriz africana”, observa a artista.

Para realizar o projeto Axé Mulher, que é financiado pelo Fundo Municipal de Cultura, através do Edital de Patrimônio 2022, por meio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), Narjara selecionou dois terreiros da capital acreana: um de Candomblé (Ilê Ase Yemonja Soba, dirigido pela Iyalorixa Cláudia Moreira) e um de Umbanda (Tenda de Umbanda Luz da Vida).

“Decidi cruzar a fala dessas mulheres com o que a religião representa para nós. Porque isso gera o convite a reflexão para pessoas que não são de terreiro e escutam o que essas mulheres sofrem e o que elas aprendem em suas casas, que é totalmente o oposto das violências sofridas, acredito eu, que pode promover uma nova forma de pensar”, destaca Narjara.

 

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Maria Meirelles: