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‘Ele ligou 16 vezes para mim no dia em que levou o tiro!’, diz mãe de Rafael Frota em depoimento no júri popular

Bastante emocionada, a dona de casa Alcineide Chaves Frota, mãe de Rafael Frota, morto há quase sete anos, em uma boate localizada em Rio Branco, pelo policial federal Victor Manoel Fernandes, relatou, durante o seu depoimento, na manhã desta terça-feira, como era a relação com o filho. Ela é a segunda testemunha chamada pela acusação.

“Tenho “dó” dele, do Victor, que tirou a vida do Rafael, que não tinha nada a ver com a confusão. Meu filho estava no quarto período de Odontologia. Ele morava comigo, junto com seu irmão e meu esposo. Rafael era muito apegado a mim. No dia em que ocorreu essa tragédia, ele ligou para mim 16 vezes, depois que estava machucado. Meu filho era uma pessoa especial. Minha família é muito unida”, disse Alcineide.

Sobre as acusações que Rafael havia batido em Victor, a dona de casa afirma que é mentira.

“Tenho plena convicção que meu filho não fez isso! No dia da perícia, perguntei se o tiro foi à queima-roupa. Disseram que não, que foi mais de um metro de distância. Meu filho nunca foi preso e nem era usurário de droga”.

Morando em João Pessoa, capital da Paraíba, a mãe de Rafael veio especialmente para o julgamento.

“Comecei essa luta e vou até o fim. A pena do Victor não vai trazer o Rafael de volta, mas será um acalento para minha alma. Em entrevista exclusiva À GAZETA, Alcineide contou sobre a mudança da família para outra cidade, após a morte de Rafael e a expectativa com o julgamento:

“Para mim, foi uma surpresa receber a ligação, sendo avisada do julgamento. Porque já foi tanta apelação da defesa [do acusado], que eu pensei que não ia haver mais julgamento. Mas, a minha graça é que bateu na mão do Ministério Público. Então, eu tive ainda um fundo de esperança e, graças a Deus, se cumpriu”, disse Neide, que chegou na capital acreana no último sábado, 21.

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