O policial federal Renato Correa Santos, especialista em armamento e tiro, foi a primeira pessoa ouvida nesta quarta-feira, 25, pelo juiz Alessandro Braz, responsável pelo processo que julga Victor Campelo pela morte de Rafael Frota e tentativa de homicídio contra Nelcionei Patrício.
Por videoconferência, o agente, que ressaltou que não estava presente no dia do ocorrido, e que não participou de nenhuma fase da investigação do caso, falou sobre as técnicas utilizadas pelos polícias federais quando utilizam arma de fogo.
“Sobre os disparo (cinco identificados pela perícia), vi que foram efetuados com uma certa inclinação, que é o procedimento padrão. O que posso concluir é que tiros naquela sequência são provenientes da forma que ele estudou na escola de formação da PF. Ele agiu em uma situação de estresse”.
Sobre portar ou não arma de fogo em ambientes de lazer, como foi no caso da boate, Santos frisou que a decisão é do policial.
“Se a arma não estiver com o agente, deve ser deixada em um ambiente seguro, como em casa ou em um cofre, e não dentro de carro, para que não ocorra o furto do armamento. Pedimos que tenha cautela e cuidado, também por conta do uso de bebidas alcoólicas”, enfatizou o policial.
Renato também relatou como era a conduta de Victor, no período em que realizou aulas de instrução para ele.
“Ele sempre foi um policial disposto. Não foi um agente que eu tivesse que chamar atenção, que fosse negligente em relação ao seu trabalho. O que pude observar é que ele era querido pelos seus colegas de profissão”, concluiu.