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Mãe de jovem morto com tiro em boate do Acre se revolta com absolvição de Victor: ‘nojo, justiça imunda’

(Foto: Dell Pinheiro)

Indignada com a sentença de absolvição do policial federal Victor Campelo, 30 anos, autor do tiro que matou seu filho mais novo Rafael Chaves Frota, em 2016, a mãe Alcineide Chaves Frota, 57 anos, se manifestou pela primeira vez, após o julgamento.

Por meio de suas redes sociais, a mãe demonstrou toda a sua frustração com a sentença do júri popular.

“Hoje senti na pele o que é injustiça, meu Deus! Como fiquei com nojo de certas pessoas que fizeram concursos e juraram defender a vida do próximo e, ao levar um empurrão, a pessoa sente no direito de matar. Porquê? ”, indagou Neide, como é mais conhecida.

Ainda segundo ela, mesmo não sendo comprovado, pois, à época, o PF não foi submetido a um exame de sangue, o policial teria ingerido bebida álcool no dia em que seu filho foi morto com um tiro na barriga.

“Porque tava armado, tava bêbado e com a arma na mão se sentiu um machão. Não foi homem para enfrentar um empurrãozinho e tinha que sacar sua arma e atirar dentro de uma boate lotada de gente e sem condições de se defender. E eu, aqui, sou uma mãe que chora a morte de seu filho e ainda a impunidade de quem o matou”, escreveu.

Por fim, a mãe de Rafael criticou o Poder Judiciário. “Obrigada corporativismo, além de um dos seus matar meu filho, ainda o inocentaram, porque matar é normal, segundo o sistema. Nojo, justiça imunda. Se fosse um civil teria pena máxima”, afirmou.

Sentença

Na última quinta-feira, 26, o Júri Popular optou pela absolvição de Victor Campelo, acusado de homicídio simples.

Após decisão proferida pelo juíz Alesson Braz, que inocentou o policial federal pelo assassinato do estudante Rafael Frota, o promotor de Justiça Teotônio Rodrigues disse que já protocolou um recurso para recorrer da sentença.

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Maria Meirelles: