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Promotor acusa policial federal de ter consumido bebida alcoólica no dia da morte de Rafael: ‘Uma garçonete disse que vendeu cerveja a ele’

O promotor de Justiça Teotônio Rodrigues Soares Júnior, representante do Ministério Público (MPAC) no julgamento do caso Rafael Frota, morto com um tiro, em jullho de 2016, em uma casa noturna, pelo policial federal Victor Campelo, foi o primeiro a participar da fase de debate oral, na
2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, nesta quinta-feira, 26.

O promotor iniciou sua fala ressaltando que o debate irá selar o destino de uma pessoa e que se trata de uma “resposta social digna” ao caso.

“A bebida alcoólica é um problema nessa situação. Difícil alguém frequentar uma casa noturna e não fazer uso de bebida alcoólica. O ‘esquenta’, antes da festa, também acontece, e nesse caso, talvez não foi diferente. Arma de fogo, bebida alcoólica e confusão. Isso é recorrente em todo Brasil e em outros países. O réu disse que não estava bebendo, mas aqui, ninguém engana o júri”, acusou ele.

O promotor disse que, nos autos do processo, existe o relato de uma garçonete, afirmando que vendeu bebida alcoólica ao acusado. “A moça disse que vendeu cerveja a ele, que, segundo o que ela relatou nos autos, era frequentador assíduo do local”.

Teotônio questionou o depoimento das testemunha de defesa. “Disseram, em testemunho, que o policial não bebe, mas, espera um pouco! Será que não consome mesmo, que não bebeu no dia do crime? O ego é complicado em alguns caso. No dia do fato, foi bebida, foi autoridade, o que acontece quando muitos se beneficiam pela função que exercem. O que se espera de uma autoridade armada dentro de uma boate, essa é a resposta que a sociedade espera nesse julgamento”, concluiu o magistrado.

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