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Após invasão, Lula decreta intervenção federal no DF

Bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional neste domingo, 8 de janeiro Evaristo Sá/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal no Distrito Federal após terroristas invadirem e depredarem as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Segundo Lula, a intervenção é necessária porque policiais militares, que respondem ao governador do DF, Ibaneis Rocha, foram lenientes para conter os manifestantes.

Para o cargo de interventor foi anunciado Ricardo Garcia Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

“Esses policiais que participaram disso não poderão ficar impunes e não poderão integrar a corporação porque não são de confiança da sociedade brasileira”, afirmou Lula, durante entrevista em Araraquara, no interior de São Paulo, onde havia ido para sobrevoar área afetadas pela chuva neste domingo.

Decreto de intervenção federal — Foto: Reprodução

Segundo Lula, as pessoas que participaram dos atos serão identificados e punidas de forma exemplar.

—”Nós chamamos essas pessoas de fascistas, invadir a sede do governo, da Suprema Corte e do Congresso é abominável”, disse o presidente, acrescentado: “vou voltar para Brasília agora, vou visitar os três palácios que foram quebrados e pode ficar certo: isso não se repetirá. Vamos buscar saber quem financiou isso, quem pagava estadia, quem pagava churrasco todos os dias”.

Lula ainda culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro por estimular os atos realizados em Brasília:

“Esse genocida não só provocou isso, estimulou isso como, quem sabe, ainda está estimulando isso das redes sociais. Tem vários discursos do ex-presidente estimulando isso, estimulou a invasão nos três poderes sempre que ele pode”, disse.

Quem é o interventor

Ricardo Cappelli, indicado como interventor federal no Distrito Federal, é secretário-executivo do Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino. Jornalista e especialista em administração pública, Cappeli já ocupou diversos cargos, incluindo no Ministério do Esporte, nos governos do Rio de Janeiro e do Maranhão e na prefeitura de Nova Iguaçu.

Via Jornal O Globo

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