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‘A alternância no poder é necessária também no esporte’, defende Roberto Duarte, na disputa pela presidência da Federação de Futebol do Acre

Empresário Flávio Silva é o vice, na chapa de encabeçada por Duarte

Está acirrada a disputa pela presidência da Federação de Futebol do Estado do Acre (FFAC), cuja eleição ocorrerá na próxima terça-feira, 31. Concorrendo com o atual presidente Antônio Aquino Lopes, o Toniquin, que lidera a Federação há quase quatro décadas, está o deputado federal eleito Roberto Duarte (Republicanos), que encabeça a chapa de oposição, tendo como vice o empresário Flávio Silva, ex-assessor do governador Gladson Cameli.

Em entrevista À GAZETA, Duarte explicou como se deu o movimento para lançar uma chapa de oposição pela disputa da direção da entidade e o que motivou a estar à frente desse novo desafio.

“Este é um movimento que conta com o apoio dos principais atores do futebol acreano, e se iniciou pela necessidade de alternância do poder. É preciso oxigenar a Federação de Futebol do Acre”, destacou Duarte, que, de antemão, já conquistou o apoio de cinco clubes: Galvez, Andirá, Adesg, Sena Madureira e São Francisco e contabiliza uma série de emendas de apoio aos clubes acreanos.”Precisamos melhorar as condições dos clubes, para que eles possam disputar, por exemplo, a série B do futebol brasileiro. Este é um momento único e uma grande oportunidade para o futebol acreano”, defende o parlamentar.

Sobre o trabalho de Toniquin, Duarte ressalta que “tem o maior respeito” pela história e o legado do atual presidente, mas que é preciso existir a renovação. “Podemos buscar apoios importantes para investir nos clubes, garantir que tenham condições de investir nas categorias de base e, principalmente, levar o futebol acreano novamente ao coração dos acreanos”, ressalta.

Confira a entrevista completa:

 A GAZETA: Deputado, como se deu esse movimento para lançar uma chapa de oposição pela disputa da Federação de Futebol do Acre?

ROBERTO DUARTE: Este é um movimento que conta com o apoio dos principais atores do futebol acreano, e se iniciou pela necessidade de alternância do poder. É preciso oxigenar a Federação de Futebol do Acre. Conseguimos a primeira vitória, que foi a união de clubes para registro da Chapa Renovação. E aqui quero parabenizar e agradecer publicamente o apoio dos clubes que apoiaram nossa chapa, pois sei o tamanho do desafio e da coragem necessária para quem decide colocar a cara em busca de mudanças, e assumir uma postura de oposição em nosso Estado. Quero ainda agradecer ao Flávio Silva pelo apoio e, principalmente, por colocar seu nome à disposição da nossa chapa, ele sabe que seremos uma só voz na presidência da Federação. Nossa Chapa Renovação conta com a participação de conselheiros fiscais titulares e suplentes indicados por cada um dos clubes apoiadores, prova que a participação efetiva de todos os clubes será uma regra em nossa gestão.

A GAZETA: Deputado, o que lhe motivou a concorrer a presidência da Federação de Futebol do Acre?

RD: É preciso entender que o futebol é muito além do esporte mais popular do planeta. É também uma ferramenta de inserção social, que gera renda para ambulantes, que movimenta o turismo, o mercado de entretenimento e de publicidade. O futebol oportuniza e movimenta uma gigantesca cadeia de pequenos e grandes negócios e abre portas para nossos atletas e clubes. Mas, o futebol acreano precisa ser cada vez mais valorizado, precisa crescer. Precisamos melhorar as condições dos clubes, para que eles possam disputar, por exemplo, a série B do futebol brasileiro. Este é um momento único e uma grande oportunidade para o futebol acreano. Como deputado estadual, já aloquei emendas para apoiar alguns Clubes. Agora como Deputado Federal tenho como contribuir muito mais, alocando recursos de emendas. Vou ser incansável na busca de apoio junto aos governos, as nossas bancadas federal e estadual e junto a iniciativa privada na captação de apoio e recursos para realização de investimentos estruturantes para Federação e, principalmente, para fortalecer todos os Clubes acreanos.

A GAZETA: Como será o diálogo com os clubes?

RD: Veja, tanto na minha vida pessoal quanto política eu zelo e busco sempre pelo diálogo amplo e plural. Não existe construção e participação efetiva, se não houver amplo diálogo. Desde o início do processo eleitoral estamos buscando dialogar com todos os clubes, através dos seus dirigentes e técnicos. Nesse processo percebemos que existe um movimento muito saudável em busca de melhorias, um sentimento dos próprios clubes que tem sido decisivo e muito motivador para que pudéssemos entrar na disputa. De uma coisa podem ter certeza, a federação terá um presidente apaixonado pelo futebol, que respeita e valoriza o esforço e a dedicação de cada profissional, cada atleta, cada equipe técnica e dirigente que levam nas costas os nosso Clubes, pois são uns guerreiros, verdadeiros sobreviventes. Diálogo e trabalho, não vai faltar na nossa gestão.

A GAZETA: Como o senhor vê a administração da atual gestão?

RD: É de fundamental importância esclarecer que não temos absolutamente nada que desabone a atual gestão. Tenho que destacar que precisamos respeitar a história do atual presidente Toniquim frente a federação de futebol. Eu, particularmente, tenho maior respeito por tudo que o Toniquim fez até aqui e entendo que isso deve ser preservado. Mas, a alternância de poder é necessária, também no esporte. Alguns Clubes já iniciaram essa renovação, e tenho certeza que agora é o momento de renovarmos também a Federação. Estou muito motivado para esse desafio. O momento agora é de renovação e podemos buscar apoios importantes para investir nos clubes, garantir que tenham condições de investir nas categorias de base e, principalmente, levar o futebol acreano novamente ao coração dos acreanos, que possamos encher novamente os estádios para assistir nossos jogadores em campo. Esse é meu sonho, e estou pronto para mais esse desafio.

A Gazeta do Acre: