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Brasil registra uma agressão a jornalista por dia em 2022; Acre faz parte da lista

No dia 9 de janeiro de 2023, o jornalista acreano Ithamar da Silva Souza, foi agredido por um manifestante que estava sendo conduzido para a Superintendência da Polícia Federal no Acre (PRF).

De acordo com levantamento feito pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), no ano passado, o Brasil registrou uma agressão a jornalista por dia. O relatório anual sobre violência cometida contra profissionais da imprensa no país em 2022, será apresentado na próxima quarta-feira, 25.

Segundo a entidade, os ataques (hostilizações e agressões físicas) tiveram crescimento em todas as regiões do país.

A federação ressaltou que o percentual negativo foi registrado em um ano marcado pelas eleições gerais e pela violência política, que atingiu autoridades, políticos, militantes dos movimentos sindical e social e pessoas que, em comum, tinham o fato de serem defensores da democracia e das instituições democráticas.

A Fenaj também destaca que número de agressões a jornalistas e a veículos de comunicação manteve-se em níveis elevados, apesar da queda registrada em comparação com o ano anterior. Foram 376 casos, 54 casos a menos que os 430 registrados em 2021, ano recorde, desde o início da série histórica dos levantamentos feitos pela entidade.

“Houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de Ameaças/hostilizações/intimidações, que foi a segunda categoria com maior número de ocorrências em 2022, com 77 casos. Já as Agressões físicas aumentaram 88,46%, passando de 26 para 49 no ano passado. Cabe destacar, ainda, o brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, numa emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte (AM) ”, enfatiza a nota da Fenaj.

No dia 9 de janeiro de 2023, o jornalista acreano Ithamar da Silva Souza, foi agredido por um manifestante que estava sendo conduzido para a Superintendência da Polícia Federal no Acre (PRF), na Capital, em decorrência do cumprimento da ordem judicial para o desmanche do acampamento montado em frente o Batalhão de Infantaria e Selva (4°BIS), por manifestantes contrários à eleição de Lula.

“A banalização da violência é ruim em todos os aspectos. Temos que abolir isso! A impunidade abre espaço para que mais casos de agressão a jornalistas se repita em todo país. Exercemos uma profissão essencial para toda sociedade. Nosso trabalho é informar o que está acontecendo nas mais diversas áreas. Proibir um jornalista de trabalhar é um atentado contra a democracia e a liberdade de imprensa”, disse Luiz Cordeiro, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac).

 

 

 

 

 

 

 

Dell Pinheiro: