Bombeira Militar há 16 anos e bastante comunicativa, Dayanne Andrade se tornou a tradutora e porta-voz de uma equipe que contém 36 profissionais da Força Nacional de diversas regiões do Brasil.
A acreana foi designada pelo Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Ministério da Justiça, a compor a equipe brasileira da missão humanitária que combate os incêndios florestais que acontecem desde janeiro, no centro-sul do Chile.
Com experiência de atuação em incêndios florestais na região Amazônica, Dayanne foi selecionada por causa do seu desempenho realizado desde que compõe a Força Nacional De Segurança Pública, além de ser graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Acre (Ufac) e também falar espanhol fluentemente.
Dayanne é a única mulher bombeira militar da missão, no entanto, brigadistas chilenas e espanholas também fazem parte do grupo de pessoas que estão trabalhando para monitorar e combater os incêndios florestais que já prejudicaram quatro regiões do Chile: Maule, Ñuble, Biobío e Araucanía.
Dayanne conta, com exclusividade ao site A GAZETA, sobre sua satisfação em compor a equipe que saiu do Brasil no dia 9 de fevereiro para monitorar e combater os focos de incêndio: “Poder ajudar a quem precisa é uma honra! O trabalho é duro, mas estamos tendo sucesso com a redução dos incêndio na área que atuamos”.
A equipe brasileira atualmente está em Maule, uma das poucas regiões chilenas com floresta nativa.
Segundo a Confederação Nacional de Agricultura Familiar (Conaf), os incêndios no Chile são de origem humana, causados por conflitos indígenas por posse de terra e agravados por uma seca prolongada de mais de uma década, que afeta a agricultura.
Relacionando aos incêndios que costumam ser causados na região amazônica, principalmente no estado do Acre, Dayanne alerta: “Existem formas de fazer o uso controlado do fogo com educação e consciência sobre os nossos recursos naturais. Assim evitamos desastres como esses, no Chile”.
Até agora, mais de 2 mil residências foram destruídas pelo fogo em todo o país, 24 pessoas morreram, mais de 5 mil estão desabrigadas e milhares foram feridas.
A atuação dos 36 bombeiros brasileiros em todo o centro-sul do Chile foi autorizada pelo governo federal, que enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) equipada para combater incêndios, além de aeronaves-cisternas, veículos, equipamentos e materiais de combate.
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