“A Defensoria Pública do Estado, para além de participar das audiências, também tem a intenção de auxiliar na ressocialização das pessoas que são presas”, afirmou o defensor Eufrásio Moraes, antes de retomar o projeto “Libertando o Imaginário” nesta segunda-feira, 13, na Unidade Penitenciária de Senador Guiomard.
Nesta edição, 9 homens cis e uma mulher transgênero compõem o grupo de leitores. Pela proposta, um livro é lido por mês até o próximo encontro com o defensor quando a obra será debatida entre os participantes e o mediador do projeto. Finalizado o livro, os leitores produzem resenhas críticas que servem à remição da pena.
Tal como Tolstói, autores de literatura clássica integram a bibliografia consumida pelos participantes: Charles Dickens, Renato Moraes, William Shakespeare, Fiódor Dostoiévski estão entre os nomes que passarão pelas mãos dos leitores e fomentarão as reflexões coletivas no Libertando o Imaginário.
O projeto teve início pouco antes da crise sanitária e humanitária, causada pela pandemia da COVID-19, em uma parceria formada entre a Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC) com o Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen/AC). Consolidando a política de leitura no cárcere, a iniciativa contribui com as atividades educativas promovidas na unidade prisional.
Para Margarete Frota, chefe da Divisão de Educação, a iniciativa contribui na educação dos leitores, aumentando a habilidade de compreensão, além de conectá-los com algo diferente do cárcere.
Na ocasião também estiveram presentes o assessor cível e criminal da unidade de Senador Guimard, Francnelison de Oliveira, a chefe de Departamento de Reintegração Social, Liliane Moura e as assistentes sociais, Naymara de Lima e Verônica do Nascimento.