A Amazônia perdeu 10.781 km² de floresta em 2022, registrando a maior taxa dos últimos 15 anos, de acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. O avanço sobre a floresta afeta sua capacidade de absorver carbono, além de tornar improdutivas terras que fornecem alimentos e renda para comunidades tradicionais e povos indígenas. Em meio a esse cenário de devastação, a The Caring Family Foundation (TCFF) se une à SOS Amazônia para plantar 1 milhão de árvores até março de 2024, o que equivale a recuperar 600 campos de futebol de áreas degradadas no estado do Acre, no extremo oeste da Amazônia brasileira.
Para garantir o cumprimento dos objetivos e facilitar a logística em locais de difícil acesso, a SOS Amazônia, com o apoio da TCFF, planeja construir 12 viveiros comunitários nas regiões do Vale do Juruá e do Vale do Rio Acre. Além disso, oferecerá assistência técnica às famílias durante um período de três anos, a fim de garantir a adoção de boas práticas de produção, controle de pragas e doenças e a manutenção dos cultivos. Também serão entregues kits de ferramentas e insumos.
“Nosso objetivo é empoderar as famílias para que elas possam ter condições de ampliar suas áreas de restauração e consigam diversificar a produção com espécies de interesse ecológico e econômico, possibilitando a comercialização do excedente em feiras locais”, afirma Adair Duarte, coordenador do Programa de Restauração Florestal da SOS Amazônia.
Duarte explica que o trabalho de restauração começa com o cultivo de espécies pioneiras, ou seja, espécies adaptadas ao sol direto e de crescimento rápido que oferecem sombra às espécies que serão cultivadas posteriormente. Além das espécies florestais, frutíferas e das culturas agrícolas, o projeto busca estruturar cadeias de valor de produtos da sociobiodiversidade, tais como açaí, borracha, cacau silvestre, café e murmuru. Também prevê a implantação de um projeto comunitário de coleta e comercialização de sementes florestais nativas de 22 espécies já mapeadas, dentre elas, cerejeira, mogno, samaúma e bálsamo.
A The Caring Family Foundation é atualmente a maior doadora do Reino Unido para projetos de reflorestamento na Amazônia e está prestes a concluir o plantio de um milhão de árvores na floresta tropical brasileira até o final deste ano e, com o apoio da SOS Amazônia, pretende atingir dois milhões de árvores plantadas até março de 2024 para enfrentar a emergência climática global que afeta o planeta.
Patricia Caring, cofundadora da The Caring Family Foundation, considera que a defesa da Amazônia e de suas populações é uma causa mundial. “A destruição da Floresta Amazônica afeta a todos nós, pois é um ecossistema do qual todos nós dependemos. É por isso que a The Caring Family Foundation se orgulha de trabalhar com a SOS Amazônia para implementar nosso programa de plantio de árvores que fornecerá suporte sustentável às comunidades locais e suas economias. Espero que, agindo como comunidade, possamos ter uma chance de reverter os danos causados à Amazônia antes que seja tarde demais”.
Para Katie Beeching, diretora da The Caring Family Foundation, a parceria incorpora todos os principais elementos de atuação da TCFF: meio ambiente, mulheres, crianças e segurança alimentar. “É muito mais do que um mero plantio de árvores, trata-se de restaurar a Amazônia e não poderíamos fazer isso sem a nossa parceira SOS Amazônia e as famílias e comunidades indígenas com quem trabalhamos na floresta tropical. Cada espécie de árvore é escolhida levando em consideração a biodiversidade e cada árvore plantada é amada e nutrida por mulheres, crianças e famílias”.
A The Caring Family Foundation, criada em 2009 por Richard & Patricia Caring, financia projetos no Reino Unido e no Brasil, país natal de Patricia Caring. A Fundação se concentra em três áreas de impacto: reflorestamento ambiental, fome infantil e abuso doméstico. Por meio deste projeto com a SOS Amazônia, as áreas florestais originais serão restauradas e mais de 400 famílias e comunidades indígenas locais serão apoiadas com alimentos e renda, garantindo a proteção de seus meios de subsistência, além de retardar os efeitos das mudanças climática.